Sim, eu sou chato com esse negócio de linguagem,
principalmente a escrita, onde nós, de certa forma, temos mais tempo para
pensar antes de nos expressar, além de mais tempo ainda para corrigir e dos
hoje incontáveis corretores gráficos disponíveis. Portanto, nada pode passar
batido, principalmente quando se trata da imprensa escrita - cujos textos ainda
passam por revisões (ou pelo menos deveriam passar) - que tem responsabilidades
com seus leitores (ou pelo menos deveria ter).
Sim, eu sou chato e podem até me considerar pretensioso por
dar pitacos gramaticais sem ter uma formação acadêmica que me outorgue esse
direito, mas como os erros gramaticais da imprensa têm sido tão gritantes, qualquer
sujeito com um bom curso primário tem autoridade para reclamar.
Sexta-feira comentei aqui sobre se escrever “trust” no lugar
de “truste”. Já no sábado comentei no site da Veja sobre a manchete abaixo:
“Zuação” é o cacete! O verbo é “zoar” e não “zuar”. E nem mesmo
“zoação” existe: o certo é “zoada” ou “zoeira”. O pior é que ainda veio gente
criticando, seguindo os padrões petralhas do “Por uma vida melhor”*, aquela
cartilha que diz que “nós pega o peixe” está correto.
“Eles escreveram o que o
cara falou, ou não é assim que tem que ser?”, disse um. “Se fosse assim eu, que
sou carioca, poderia escrever ‘tumati’ em vez de tomate. Você concordaria?” -
respondi.
Domingo foi o dia do Globo. Vejam só a reportagem. A
repetição do erro não deixa dúvidas sobre a ignorância gramatical da equipe
jornalística responsável pela matéria.
Sim, eu sou chato e me dá arrepios ler tantas aberrações.
Fazer o quê?
*A editora Global, (ir)responsável pelo livro petralha “Por
uma vida melhor” perdeu uma causa para a Defesa do Consumidor do Rio. A 22ª Câmara
Cível reconheceu que abordar as variações da Língua Portuguesa não permite que
se ensine a falar e escrever errado.
Talvez as vencedoras sejam mães, mas aí surge outro problema, porque mãe só tem uma.
ResponderExcluir(argento) ... passou, na revisão "(...) No fim de semana as duas já tinham DESBANCADOS Ágatha e Barbaara Seixas (...)" - si procurá êrro na prensa braZilis nun vai fazê mais nada na vida; se usar la prensa como treino, tá fudido ...
ResponderExcluirMenino, falam e escrevem com tanta convicção, que as vezes eu fico em dúvida e saio procurando um "pai dos burros".
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