A notícia é requentada, mas já que o Globo confirmou hoje, não custa comemorar.
O governo previa gastar este ano mais de R$ 11 milhões com
patrocínios em sites de política. Após a posse do presidente interino, Michel
Temer, no dia 13 de maio, essas despesas tiveram seu pagamento suspenso em
junho. A justificativa para a suspensão dos contratos, segundo fontes do
Palácio do Planalto, é que o dinheiro público estava abastecendo blogs de
opinião, o que, na avaliação da nova gestão, contrariava o interesse público.
O campeão de patrocínio federal, sob a gestão da presidente
afastada, Dilma Rousseff, era o site Brasil 247, idealizado pelo jornalista
Leonardo Attuch, cuja previsão de patrocínio para este ano somava R$ 2,1 milhões.
No documento que o GLOBO teve acesso, 19 sites recebiam patrocínio do Banco do
Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras, Ministério da Justiça, Ministério
da Previdência Social, Ministério da Educação e Ministério da Saúde.
Já o jornalista Luis Nassif, idealizador do site GGN,
receberia até o fim do ano R$ 1,15 milhão. Em terceiro lugar estava o Diário do
Centro do Mundo (DCM), dirigido pelo jornalista Paulo Nogueira, com previsão de
receber R$ 1,11 milhão este ano. Também recebiam patrocínios de estatais e
ministérios os sites Conversa Afiada, Carta Maior, Esmael Morais, O Cafezinho,
Opera Mundi, Viomundo, Pragmatismo Político, Revista Forum, Sul 21, Carta
Capital e Sidney Rezende.
Um interlocutor do presidente interino explicou que alguns
desses sites, como o Congresso em Foco, o El Pais, o Blog do Kennedy Alencar, o
Observatório da Imprensa e o Fato Online, têm características jornalísticas e
conteúdo de interesse público, mas que, por uma questão jurídica, a Casa Civil
não conseguiu diferenciar tecnicamente esses dos demais e foi obrigada a
solicitar o cancelamento de patrocínios a todos eles.
Os jornalistas Sidney Rezende e Luis Nassif também tiveram
contratos de programas na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) cancelados. A
medida foi tomada por Laerte Rímoli, que assumiu por três semanas a presidência
da empresa. Por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal, o jornalista
escolhido por Dilma para comandar a EBC, Ricardo Melo, retomou o posto e
viabilizou a concessão de uma entrevista de Dilma a Nassif, na condição de
colaborador da empresa.
Perdoem-me uma opinião muito politicamente incorreta:
ResponderExcluirSE FUDERAM!