O estranho caso de Lindbergh Farias

A primeira estranheza é o fato de sua candidatura ao Senado ter sido homologada em 2010, quando ele já era réu em seis processos.

A segunda é ter recebido 4.213.749 votos dos eleitores do Rio de Janeiro após seis anos (um mandato e meio) desastrosos como prefeito de Nova Iguaçu.

Sim, ele foi reeleito prefeito em 2008, e essa é a terceira estranheza.

A quarta é ele, hoje réu em onze processos e respondendo a seis inquéritos, ainda estar em pleno gozo do seu mandato de senador, falando o que quer - inclusive que Pi-No-Xê foi mandarim e inventou o neoliberalismo na China.

A quinta estranheza é a mais estranha. O líder estudantil que nunca estudou, hoje senador, apesar de ser um marginal, recebeu prêmios e reconhecimentos: em 2004 foi escolhido pela revista Isto É Gente como uma das personalidades daquele ano, devido a sua forte atuação política, que, naquela ocasião, o levou à Prefeitura de Nova Iguaçu; pelo Bairro Escola, recebeu, entre outros, o Prêmio Caixa Melhores Práticas em Gestão Local e o Prêmio Tecnologia Social, concedido pela Fundação Banco do Brasil; em 2010 recebeu o Troféu Heitor Falcão, prêmio que homenageia nomes políticos, esportivos, empresariais e artísticos que se destacam e carregam consigo o nome da Paraíba, divulgando-o em nível nacional e internacional; em 2011 foi escolhido como um dos três parlamentares mais atuantes no Senado naquele ano, pelo site Congresso em Foco. Os outros dois senadores escolhidos foram Cristovam Buarque e Eduardo Suplicy, e ainda em 2011, os leitores do site Congresso em Foco também escolheram Lindbergh como o Parlamentar do Futuro.

Fala sério! Um cara que responde por corrupção, lavagem de dinheiro, crimes de responsabilidade, crimes contra a Lei de Licitações, emprego irregular de verbas públicas, improbidade administrativa, danos ao erário e formação de quadrilha não pode estar solto!