Reproduzo aqui um dos textos que escrevi sobre esse sujeito
asqueroso em 15 de setembro:
Frei David Santos, é “especialista em ações afirmativas”,
qualificação(?) que aparentemente lhe dá mais direitos que os demais mortais
Eu pergunto ao Frei David Santos, cuja aparente e única
função é ser “especialista em ações afirmativas”, seja lá o que isso for, o que
ele acharia se eu escrevesse um artigo intitulado “O voto branco”, onde
constassem as seguintes frases: “Nestas eleições, o voto branco será o fiel da
balança”; “Quem não considerar o voto da branquidade e não tiver um tratamento
direto ou indireto voltado para esse segmento, após as eleições, poderá se
arrepender”; “Não nos iludamos: o povo branco daqui para a frente, com seu
crescente ingresso nas universidades e nos altos postos do mercado de trabalho
sem o uso das cotas nos concursos públicos, terá grande papel na construção do
novo Brasil que estamos desenhando”; “Como o programa do PSDB contempla a
população branca?”...
Eu seria denunciado por racismo, não é?
Pois é, mas não é que o frei David me escreve um artigo no
Globo de hoje - “O voto negro” - e escreve tudo isso e muito mais com as cores
trocadas e ainda tem a petulância de achar que um programa de governo deve
“contemplar” a população negra?
Daqui para frente vou adotar o racismo, a homofobia e o
nazismo como parâmetros e dizer que faço isso em nome da minha “especialidade
em ações afirmativas”, só para ver se funciona...
O voto negro
O povo afrodescendente, com seu crescente ingresso nas
universidades e nos altos postos do mercado através das cotas nos concursos,
terá grande papel na construção do país
O voto para presidente da República de um importante
segmento da sociedade brasileira terá um peso decisivo na balança das eleições
de 2014. Os marqueteiros já sabem e estão debatendo como trabalhar esse
fenômeno eleitoral. Ele será fundamental para levar à derrota ou à vitória o
candidato que melhor entender e dialogar com esse fenômeno.
Segundo os dados do TSE e do PNAD/IBGE, entre os habilitados
como eleitores de 2014, 55% são negros (pretos e pardos). Esse fenômeno de o
Brasil ter a maioria negra de eleitores se dá pela primeira vez. Na pesquisa
Ibope de 15 e 16 de julho, Aécio tinha 18% das intenções de votos do povo
negro. Em 24 de agosto, caiu para 15% na pesquisa Ibope e voltou a cair, em 1º
de setembro, na pesquisa Datafolha, para 12%. Marina, na pesquisa Ibope de 24
de agosto, aparece com o alto índice de 28% das intenções de votos do povo
negro.
Isso é por acaso? O que representam esses percentuais para a
definição do candidato vencedor? Por que parte desses votos foi perdida (ou não
conquistada) por Aécio? Como o programa do PSDB contempla a população negra?
Esta, nas suas demandas por políticas públicas de empoderamento, tem sido
contemplada nos municípios e nos estados governados, até então, pelo PSDB? E
pelo PSB ou pelo PT?
Nestas eleições, o voto negro será o fiel da balança,
especialmente para garantir e dar passagem para os candidatos ao segundo turno.
Todo bom partido governante precisa ser bom para todos os segmentos da população.
Retomando a análise dos votos em Marina, detectamos que ela voltou a subir em
1º de setembro, na pesquisa Datafolha, para 32% das intenções de votos do povo
negro. Já Dilma, antes do fenômeno Marina, na mesma pesquisa do Ibope de 15 e
16 de julho, tinha 39% das intenções de votos do povo negro. Em 24 de agosto,
caiu para 38% com a chegada de Marina. Em 1º de setembro, na pesquisa
Datafolha, subiu para 40% das intenções de votos desse segmento. Recuperou e
cresceu. Por quê? Como os cientistas políticos avaliam esse fenômeno? E os
marqueteiros, como estão trabalhando esses dados estatísticos? Como reverter
essa potência para os seus respectivos candidatos? Por que esta certa
estabilidade do voto da população negra em Dilma?
Quem não considerar o voto da negritude e não tiver um
tratamento direto ou indireto voltado para esse segmento, após as eleições,
poderá se arrepender.
O pesquisador Luiz Augusto Campos, da Escola de Ciência
Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), lançou
em 2013 um estudo que deve urgentemente ser lido por todos os marqueteiros. Seu
trabalho está disponibilizado na internet, com o título “Socialismo moreno —
Conservadorismo pálido? Cor e recrutamento de candidatura nas duas maiores
cidades brasileiras”. O estudo aborda a acolhida ou não de candidaturas do povo
negro por partido. Ter negro candidato, sem dinheiro, adianta? Em suas
análises, traz luz e elementos para todos os bons marqueteiros e políticos que
pensam o Brasil como um todo.
Não nos iludamos: o povo negro daqui para a frente, com seu
crescente ingresso nas universidades e nos altos postos do mercado de trabalho
através das cotas nos concursos públicos, terá grande papel na construção do
novo Brasil que estamos desenhando. A influência de um cotista no seu grupo
familiar, quase sempre por ser o único com faculdade, é grande! Um bom político
e um partido sério não podem se contentar com um aparente silenciamento da
população negra e sua postura política — que não é ouvida. Algo novo está surgindo
e será um grande diferencial para a construção da nova nação: plural e
participativa.
O povo afrodescendente foi e está sendo incluído no sistema
social e quer nele permanecer. O compromisso que espera de todos os candidatos
é que sempre coloquem o tema da inclusão como pauta prioritária. Segundo o
Tribunal de Justiça de São Paulo, de agosto de 2012 a agosto de 2014, naquela
Casa, os processos contra o racismo cresceram mais de 150%, incluindo o do
goleiro Aranha, apesar da visão equivocada de Pelé. Uma nova consciência de
pertencimento está sendo desenhada, e o silenciamento frente à discriminação do
povo negro, por parte dos candidatos, poderá custar caro.
Veja que coisa interessante, no meio de tanta asneira o fradeco conseguiu dizer uma frase coerente:
ResponderExcluir"Vocês deviam criar vergonha na cara".
Concordo plenamente com essa frase, se a população criar vergonha na cara o PT (e alguns outros partidos) não será mais que um grupelho de papagaios.
Papagaios? Tadinhos dos currupacos... Não seriam urubus, que se alimentam da podridão e são difíceis de ser exterminados?
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