Fernando Baiano, tá maus de “adevogado”. Mário Oliveira
Filho, além de escoicear o vernáculo, ainda diz que acha suborno a coisa mais
natural do mundo.
Para o jurista Wálter Maierovitch, as palavras do advogado
revelam a tática da defesa: alegar que os empreiteiros foram vítimas de
extorsão, de que foram obrigados a pagar para trabalhar.
"É uma linha de defesa que tem uma consistência de uma
pluma no ar. Porque a extorsão implica em constrangimento diante violência
física ou grave ameaça. As empresas foram, se foram, docilmente constrangidas,
vale dizer, montaram um próprio esquema para pagarem propina onde na realidade
não desembolsavam nem um tostão. E um esquema que proporcionava lucros extras.
Então, na realidade, a grande vítima dessa história toda e do jeito que está
até agora é a Petrobras e evidentemente a sociedade civil, o cidadão
brasileiro", destaca.
Nas ruas de São Paulo, a equipe do Jornal Nacional ouviu
muitas críticas ao defensor.
“Eu fico indignada de um advogado dizer isso! Está sendo
conivente com o cliente dele, está errado”, disse Maria Auxiliadora Gonçalves,
médica.
“Ele foi infeliz quando fez essa colocação. Ele tem o
direito de defender seu cliente, mas poderia usar outros argumentos”, avaliou
Barbara Gonçalves, advogada.
“Eu acho esse negócio de propina, isso é errado", disse
José Aparecido da Silva, encanador.
O certo é certo, mesmo que ninguém esteja fazendo. E o
errado é errado, mesmo que todo mundo esteja fazendo. Não justifica",
destaca Adélia Lopes, administradora.
O diretor da ONG Transparência Brasil concorda: existe
corrupção. Mas ele condena o argumento usado pelo advogado que defende Fernando
Soares.
“A concussão que é esse processo de o agente público ir lá e
extorquir um cidadão, uma empresa. Isso acontece. Agora, você dizer que todo e
qualquer caso de corrupção que aconteça em licitações públicas é devido a
concussão é conversa afiada de advogado”, diz Cláudio Webber Abramo.
Para a filósofa Viviane Mosé, a posição do advogado retrata
uma realidade, que a sociedade pode mudar.
"A burocracia hoje ao invés de proteger o Estado da
corrupção, ela favorece a corrupção, porque ela é lenta, ela produz uma
lentidão muito grande. E nós temos hoje ferramentas que poderia resolver esse
problema: novos modelos de gestão mais rápidos, mais ágeis, com mais
transparência. Nós poderíamos, se nos dispuséssemos a isso, acompanhar todos os
gastos públicos via web", destaca a filósofa.
A declaração do advogado também foi comentada por ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Sem dúvida nenhuma, é muito grave. Mas eu não acredito que
seja assim. Eu tendo a acreditar que há atividades normais. Acho que esse tipo
de situação é excepcional. Agora, diante da vastidão, da imensidão deste caso,
sem dúvida nenhuma, nós temos que nos preocupar”, disse o ministro Gilmar
Mendes.
“Estarrece a sociedade em geral, mas eu atribuo
isso a um arroubo de retórica e a uma simples tentativa de defesa”, destaca o ministro Marco Aurélio.
(argento) ... que bom que foi dito em Rede Nacional, pra todo mundo ver e ouvir como são feitos os "Negócios" - foi exposto, em rede nacional o Procedimento Padrão! ... e agora?, dizem que "a verdade dói", né não?, ... poiZé, a declaração, repito, em Rede Nacional, soou como um grande Peido Debaixo dos Lençois - caiu o primeiro véu, xô hipocrisia!!!!
ResponderExcluir(argento) ... PARALEPIPEIDÃO!
Excluir(argento) ... a "linha de argumento" do jurista é Falaciosa; o advogado Não Falou em Extorsão, disse, em alto e bom som, "ACERTO", comum acordo, conluio para ilícito, sem o qual não é possível assentar um "paralepípedo" - le-lê, lelê, lelelelelelẽ (quem se lembra da musiquinha?)
ResponderExcluir(argento) ... falei "falaciosa"?, arrependi; é DESONESTA.
ExcluirMas tem um PeTralha emplumado que consegue superar o adEvogado. Emplumado por que se diz tucano.
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/196552-nunca-se-roubou-tao-pouco.shtml
Eu admito que sempre houve propinas, inclusive em empresas privadas e isso acontece no mundo inteiro. Mas dizer que a corrupção agora está sendo menor que a corrupção anterior é no mínimo surreal. Apenas para analisar superficialmente vou lembrar que durante a "corrupção maior" a Petrobras se tornou uma das maiores empresas do mundo, agora com a "corrupção menor" perdeu mais da metade do seu valor e não é nem mesmo a maior empresa do Brasil, nem mesmo encontra alguém para assinar o balanço.
Esse Ricardo Semler é o famoso quem? Vejam só como ele escreve bem: “É lógico que a defesa desses executivos presos VÃO entrar novamente com habeas corpus (...)”
ExcluirO pior é que a Folha publica...
Excluir(argento) ...
ResponderExcluirBanal: s.m. e s.f. Desprovido de originalidade; que é comum ou ordinário; trivial: conversa banal.
Antigo. Dizia-se daquilo que pertencia ao senhor feudal, mas podia ser utilizado por seus vassalos desde que os mesmos pagassem o foro: instalação banal, por extensão, o próprio foro.
Sinônimos de Banal: comum, corriqueiro, ordinário, trivial e vulgar ... pelo "processo" (costume - Cultura), automaticamente como Prática Normal, ACEITO.
(argento) ... não deixa de ser "interessante" a Pouca ATENÇÃO dedicada pelos "comentaistas", a esta matéria postada pelo Blog ... será o "diabo da inconsciência"?
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