O deputado Rodrigo Bethlem foi acusado de desviar recursos
públicos durante gestão na Secretaria de Assistência Social da prefeitura do
Rio de Janeiro. O pedido de abertura de processo foi feito pelo PSOL, que na
representação entregue ao Conselho de Ética diz que houve divulgação pela
imprensa de conversas telefônicas, em julho, que apontam possível recebimento
de vantagens indevidas pelo parlamentar fluminense quando ocupava o comando da
secretaria.
Segundo a Agência Brasil, o Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar da Câmara dos Deputados rejeitou ontem, por 8 votos a 2, o parecer
do deputado Paulo Freire (PR-SP) que propunha a abertura de processo de cassação
do mandato do deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-J). Como o parecer preliminar não foi acatado, o
processo para a abertura de investigações foi arquivado pelo conselho. O
argumento dos deputados que votaram contra a abertura das investigações é que
não havia provas materiais que justificassem as denúncias.
E sabem qual foi o argumento que Bethlem usou em sua defesa?
Ele simplesmente mostrou seu passaporte para supostamente provar nunca ter
estado na Suíça.
Acontece que se qualquer um chegar à Europa por qualquer dos
outros 29 países membros do chamado “Espaço Schengen” e depois for à Suíça, também
país-membro, não vão carimbar coisa nenhuma, pois ele já estará legalizado. Esse
tal Espaço Schengen, que é o resultado do Acordo de Schengen - uma convenção
entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e livre
circulação de pessoas entre os países signatários -, compreende um total de 30 países, incluindo
todos os integrantes da União Europeia (exceto Irlanda e Reino Unido) e três
países que não são membros da UE (Islândia, Noruega e Suíça).
Dá para imaginar que entre os dez “eminentes”
deputados nenhum tenha levantado a lebre? Eu prefiro acreditar em corporativismo,
vulgarmente chamado de calhordice coletiva.
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