A penteadeira de puta desse ano |
Pronto, começou o caos de novo. Ficou pronta a montagem
daquela almanjarra - alguns a chamam de árvore de Natal - que fica flutuando na
lagoa Rodrigo de Freitas todos os fins de ano, emporcalhando a paisagem e
atraindo curiosos que não têm mais o que fazer, vindos de todos os cantos. O
trânsito que se dane e a minha paciência também, não é, prefeito?
Aliás, a desse ano está mais escrota que nunca! De tanto pendurucalho parece penteadeira de puta!
Sem preconceito ou bairrismo (eu juro!), todo ano eu sugiro
que transfiram essa traquitanda para algum outro lugar. A Lagoa não comporta
tamanho fluxo de gente e de automóveis, que acabam transformando em um inferno
a vida de quem mora nas redondezas. Até mesmo para quem vem admirar a “maravilha”
a situação é incômoda porque acabam faltando vagas para os carros, além da
estrutura “quiosqueira” também não comportar tamanha demanda.
Por que não montar a tal almanjarra nas lagoas da Barra e
Recreio, que têm muito mais espaço em torno, dispõem da Linha Amarela que
facilitaria o escoamento do trânsito e eu jamais iria aparecer por lá para
contemplar tal “atração”, o que representaria, na pior das hipóteses, um carro
a menos para engarrafar. Afinal, se já existe por lá uma estátua da Liberdade,
por que não uma representação do pinus sylvestris, árvore típica do hemisfério
norte?
Tem também o piscinão de Ramos e a baía da Guanabara
todinha! E por que cargas d’água foram escolher justo a lagoa Rodrigo de
Freitas, que já vive engarrafada? Podiam até, em lugar da “árvore”, deixar lá
aquela lata-velha enferrujada da Tomie Ohtake que, em vez de atrair,
espantava...
Outra coisa, o Bradesco manda construir a traquitanda sempre
horrenda há 19 anos valendo-se da Lei Rouanet, ou melhor, da interpretação da
Lei, que permite financiá-la a troco de se considerar aquilo como cultura.
Desde quando árvore de Natal é cultura? Desde quando o Bradesco precisa de
financiamento?
É por aí que vão os nossos impostos.
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