Partindo do princípio que qualquer merda seria melhor que
Dilma eu engoli Temer até agora, mesmo porque os índices sócio-econômicos realmente
melhoraram, mas depois do seu decreto de ontem da norma absurda que reduz ou
praticamente elimina as penas e multas aplicadas aos corruptos, minha paciência
chegou ao fim.
O calhorda simplesmente ignorou a recomendação do Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária que assessora o governo na
elaboração dos indultos para incluir expressamente a corrupção no rol de crimes
não passíveis de indulto e decretou uma
norma que facilita a concessão de perdão total da pena a condenados por crimes
cometidos sem violência ou ameaça, como corrupção e lavagem de dinheiro, ao diminuir
o tempo de cumprimento da pena dos sentenciados a no máximo 12 anos, não
reincidentes, de um quarto para um quinto, além de contrariar uma definição
expressa da norma anterior segundo a qual a pena de multa aplicada “não é
alcançada pelo indulto”, beneficiando o bolso de condenados que, além da pena
de prisão, têm que pagar multas.
Entre outros absurdos, Temer também abriu a possibilidade de
indulto a condenados que conseguiram ter a substituição da prisão por medidas
alternativas, como pagamento de cestas básicas e prestação de serviços à
comunidade. Esse perfil de criminosos não tinha direito ao benefício na norma
anterior. Após conseguirem o perdão, ficam sem pendências com a Justiça.
Resumindo, essa canalhada genocida (sim, roubar dinheiro
público é genocídio) que foi presa ou condenada depois de tanto esforço dos
Ministérios Públicos está gargalhando de orelha a orelha desde ontem, depois de
tanta magnanimidade do presidente que o PT (leia-se Lula) escolheu para
substituir Dilma.
A tal norma tem muito mais benesses, mas quem quiser saber
sobre elas que consulte o site do órgão competente, porque meu estoque de
Plasil intravenoso já se esgotou.
Bleaaaargh!
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