Em um email enviado na manhã desta quinta-feira, 1º, para o
mais alto escalão de entidades como a ONU, Unicef, Organização Mundial da
Saúde, Organização Mundial do Comércio, Organização Internacional do Trabalho e
dezenas de outras, o governo de Cuba alertou em inglês e espanhol que a
cassação de Dilma foi um “ato de desacato à vontade soberana do povo”,
assumindo assim uma campanha
internacional contra o governo de Michel Temer, denunciando “energicamente o
golpe de Estado parlamentário-judicial” contra Dilma Rousseff. O comunicado
alerta aos diversos organismos sobre a mudança de política externa que ocorrerá
no Brasil e a aproximação do Itamaraty aos “grandes centros do poder”.
Declaração do Governo Revolucionário Cubano
Granma 31 de agosto de 2016 16:08:04
O Governo Revolucionário da República de Cuba rechaça
energicamente o golpe de Estado parlamentar-judicial que foi consumado contra a
presidenta Dilma Rousseff.
O afastamento da presidenta do governo, sem que fosse
apresentada evidência nenhuma de delitos de corrupção nem crime de
responsabilidade, e com ela do Partido dos Trabalhadores (PT) e outras forças
políticas de esquerda aliadas, constitui um ato de desacato à vontade soberana
do povo que a elegeu.
Durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff, ganhou impulso um modelo econômico-social que permitiu ao Brasil dar
um pulo em seu crescimento produtivo, com inclusão social, a defesa de seus
recursos naturais, a geração de emprego, o combate à pobreza, a saída da
miséria de mais de 35 milhões de brasileiros, que viviam em condições desumanas
e a elevação da receita de outros 40 milhões, ampliação das oportunidades na
educação e a saúde do povo, incluídos setores até então marginalizados.
Neste período, Brasil foi um ativo impulsor da integração
latino-americana e caribenha. A derrota do Acordo de Livre Comércio para as
Américas (ALCA), a convocatória à Cúpula da América Latina e o Caribe sobre a
Integração e Desenvolvimento (CALC) que levou à posterior criação da Celac e a
constituição de Unasul, são acontecimentos transcendentais na história mais
recente da região, que demonstram o destaque desse país.
Igualmente, sua projeção focalizada nas nações do Terceiro
Mundo, especialmente da África; sua ativa liderança no grupo Brics (Brasil,
Rússia, Índia, China e a África do Sul) e seu desempenho no âmbito da
Organização das Nações Unidas, a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura (FAO) e Organização Mundial do Comércio, entre
outras, constituem um reconhecimento à sua liderança internacional.
Merece elogio, também, a trajetória brasileira sob os
governos do PT, em temas cruciais da situação internacional em defesa da paz, o
desenvolvimento, o meio ambiente e os programas contra a fome.
São amplamente conhecidos os esforços de Lula e Dilma por
reformar o sistema político e ordenar o financiamento dos partidos e suas
campanhas, bem como no apoio às investigações que foram abertas contra a
corrupção e à independência das instituições responsáveis por elas.
As forças que agora detêm o poder anunciaram medidas
privativas em relação às reservas petrolíferas nas águas profundas e cortes nos
programas sociais. Igualmente, enunciam uma política exterior que privilegia as
relações com os grandes centros de poder internacionais. Não poucos daqueles
que julgam a presidenta estão sob investigação por atos de corrupção.
O acontecido no Brasil é mais uma expressão da ofensiva do
imperialismo e a oligarquia contra os governos revolucionários e progressistas
da América Latina e o Caribe, que ameaça a paz e a estabilidade das nações, na
contramão do espírito e a letra da Proclamação da América Latina e o Caribe
como Zona de Paz, assinada na 2ª Cúpula da Celac, em janeiro de 2014, em Havana,
pelos Chefes de Estado e de Governo da região.
Cuba ratifica sua solidariedade com a presidenta Dilma e o
companheiro Lula, com o Partido dos Trabalhadores e expressa sua confiança em
que o povo brasileiro defenderá as conquistas sociais conseguidas e se oporá
com determinação às políticas neoliberais que lhe tentem impor e ao despojo dos
seus recursos naturais.
Havana, 31 de agosto de 2016.
No original:
Declaración del Gobierno Revolucionario
Granma:31 de agosto de 2016 13:08:14
El Gobierno Revolucionario de la República de Cuba rechaza
enérgicamente el golpe de estado parlamentario-judicial que se ha consumado
contra la Presidenta Dilma Rousseff.
La separación del gobierno de la Presidenta, sin que se
presentara ninguna evidencia de delitos de corrupción ni crímenes de
responsabilidad, y con ella del Partido de los Trabajadores (PT) y otras
fuerzas políticas de izquierda aliadas, constituye un acto de desacato a la
voluntad soberana del pueblo que la eligió.
Durante los gobiernos de Luiz Inácio Lula da Silva y Dilma
Rousseff, se impulsó un modelo económico-social que permitió a Brasil dar un
salto en su crecimiento productivo con inclusión social, la defensa de sus
recursos naturales, la generación de empleo, el combate a la pobreza, la salida
de la miseria de más de 35 millones de brasileños que vivían en condiciones
inhumanas y la elevación del ingreso de otros 40 millones, la ampliación de las
oportunidades en la educación y la salud del pueblo, incluidos sectores hasta
entonces marginados.
En este período, Brasil ha sido un activo impulsor de la
integración latinoamericana y caribeña. La derrota del Acuerdo de Libre
Comercio para las Américas (ALCA), la convocatoria a la Cumbre de América
Latina y el Caribe sobre Integración y Desarrollo (CALC) que llevó a la
posterior creación de la CELAC, y la constitución de UNASUR, son
acontecimientos trascendentales en la historia más reciente de la región que
demuestran el protagonismo de ese país.
Asimismo, su proyección hacia las naciones del Tercer Mundo,
en especial de África; su activa membrecía en el Grupo BRICS (Brasil, Rusia,
India, China y Sudáfrica) y su desempeño en el marco de la Organización de las
Naciones Unidas, laOrganización de las Naciones Unidas para la Alimentación y
la Agricultura (FAO) y la Organización Mundial del Comercio, entre otras,
consti-tuyen un reconocimiento a su liderazgo internacional.
Merece elogio también la ejecutoria brasileña bajo los
gobiernos del PT en temas cruciales de la situación internacional en defensa de
la paz, el desarrollo, el medio ambiente y los programas contra el hambre.
Son ampliamente conocidos los esfuerzos de Lula y Dilma por
reformar el sistema político y ordenar el financiamiento de los partidos y sus
campañas, así como en el apoyo a las investigaciones contra la corrupción que
fueron abiertas y a la independencia de las instituciones encargadas de ellas.
Las fuerzas que ahora ejercen el poder han anunciado medidas
privatizadoras sobre las reservas petrolíferas en aguas profundas y cortes a
los programas sociales. Igualmente, enuncian una política exterior que
privilegia las relaciones con los grandes centros de poder interna-cionales. No
pocos de quienes juzgan a la Presidenta están bajo investigación por actos de
corrupción.
Lo ocurrido en Brasil es otra expresión de la ofensiva del
imperialismo y la oligarquía contra los gobiernos revolucionarios y
progresistas de América Latina y el Caribe, que amenaza la paz y la estabilidad
de las naciones, contraviniendo el espíritu y la letra de la Proclama de
América Latina y el Caribe como Zona de Paz, firmada en la II Cumbre de la
CELAC, en enero de 2014, en La Habana por los Jefes de Estado y de Gobierno de
la región.
Cuba ratifica su solidaridad con la Presidenta Dilma y el
compañero Lula, con el Partido de los Trabajadores, y expresa su confianza en
que el pueblo brasileño defenderá las conquistas sociales alcanzadas, se
opondrá con determinación a las políticas neoliberales que intenten imponerle y
al despojo de sus recursos naturales.
La Habana, 31 de agosto de 2016
Que rápida a reação,no mesmo dia e já tinham a versão para o inglês!Esses ditadores são todos iguais quando se trata de defender o deles,aí a eficiência é imbatível. Acho que estão blefando!
ResponderExcluirBlefando ou não, o (novo) governo brasileiro deve suspender imediatamente: qualquer exportação para aquela ilha de mierda; o envio de dinheiro pelo mais médicos, usando esse dinheiro para começar a cobrir os empréstimos fraudulentos que o BNDES fez...
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