sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Ditadura Nordestina

Os senadores assinalados são do Sul e do Sudeste
Dos 20 senadores que votaram contra o impeachment e contra a perda de direitos políticos de Dilma, 3 são do Sul, 1 do Sudeste e 16 do Norte-Nordeste.

Dos 19 senadores que votaram a favor o impeachment e contra a perda de direitos políticos de Dilma, 1 é do Sudeste, 4 do Centro-Oeste (incluindo dois do Distrito Federal) e 14 do Norte-Nordeste.

Portanto, dos 39 salafrários que deram a Dilma o direito de continuar cometendo barbaridades Brasil afora, 30 vêm do Norte-Nordeste.

Também, é covardia! O Norte-Nordeste tem 48 senadores para 68 milhões de habitantes, ou seja, um senador para cada 1,4 milhão, enquanto o Sul-Sudeste tem 21 senadores para 108 milhões de habitantes, ou seja um senador para 5,1 milhões.

Aliás, isso se dá também na Câmara Federal. Roraima tem oito deputados lá (o mínimo obrigado por lei) para seus 514 mil habitantes, enquanto São Paulo tem 70 para 45 milhões. Isso dá um deputado para 64 mil habitantes em Roraima contra um para 642 mil em São Paulo!

Isso é justo? Por que será que o voto para senador de um nortista-nordestino tem que valer, em média, quase quatro vezes mais que o meu? Por que será que o voto para deputado de um roraimense (ou roraimado, segundo Dilma) vale dez vezes mais que o de um paulista?

Aliás, explicar esses porquês é simples: o artigo 45 da Constituição Federal determina que o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, deve ser estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma das unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

Difícil é explicar convincentemente por que ainda não se corrigiu essas distorções. Mas pior ainda que a falta de explicação são os argumentos contrários a quem expõe esses absurdos: nunca falta quem diga que é preconceito contra nordestino por considerarmos que nosso voto vale mais do que o deles individualmente, quando o que efetivamente acontece é exatamente o contrário.

E assim os salafrários vão empurrando com a barriga - e com o corporativismo - a chance de ver um Brasil mais justo e proporcionando espetáculos cada vez mais deprimentes de crimes explícitos a cada sessão do Senado e da Câmara. Esses ladrões querem mesmo é que os seus estados continuem a exportar miséria, pobreza e a desgraça de um povo, a cada dia mais ignorante e sem capacidade de avaliação, para que cada vez mais fácil fique a sua “árdua tarefa” de comprar votos com promessas jamais cumpridas ou dez reis de mel coado.

2 comentários:

  1. No caso dos Senadores, eles são indicados pela Unidade da Federação, ou seja, são Senadores da República e não dos Estado que o elegeu. O problema está em eleger TRÊS Senadores por Estado, invenção dos militares, que criaram um "Senador Biônico" para cada Estado, indicado pelo presidente em vez de eleito pelo povo. A Constituição Demagógica de 1988 manteve essa aberração.

    No caso dos Deputados Federais, não se justifica um Estado como Roraima ter 8 representantes, TRÊS estaria de bom tamanho. Agora faça as contas, 57 deputados na região norte, para 16 milhões de habitantes, deveria ser mais ou menos 30 , se o mínimo fosse 3 em vez de 8.

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  2. (argento - o motor da história é a política) ... Bão! os Militares tinham um objetivo tático em mente quando criaram a "distorção": fortalecer a "Calha Norte", mais não digo ...

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