Do Facebook D. Pedro II do Brasil
A Brasiliana Fotográfica traz para seus leitores fotografias
do Palácio Imperial de Petrópolis, que começou a ser construído em 1845 e foi
concluído em 1862. São imagens produzidas por Georges Leuzinger (1813 – 1892),
Phillip Peter Hees (1841 – 1880) e Revert Henrique Klumb ( 18? – c. 1886). Em
16 de março de 1843, dom Pedro II assinou o decreto da criação de Petrópolis e
muitos imigrantes da Europa, principalmente da Alemanha, comandados pelo major
e engenheiro alemão Julius Friedrich Koeler (1804 – 1847), começaram a
colonização da região.
Dom Pedro I se encantou com a região serrana, em 1822,
quando viajava para Minas Gerais na busca de apoio à independência do Brasil.
Ficou hospedado na fazenda do Padre Correia (1759 – 1824), cuja sede ficava na
confluência dos rios Morto e Piabanha. A fazenda oferecia hospedagem e
alimentação aos tropeiros. O padre Correia recusou uma oferta feita pelo
imperador para a compra de sua propriedade. Então, em 1830, dom Pedro I comprou
a fazenda do Córrego Seco, localizada no topo da Serra da Estrela. Ele queria
construir ali um palácio para o verão, o Palácio da Concórdia. Porém, sua
abdicação, em 1831, e sua morte, em 1834, o impediram de realizar seu desejo.
Seus credores entraram nas justiças europeia e brasileira e a fazenda foi
destinada para cobrir suas dívidas. Em 1839, o governo do Brasil foi autorizado
a comprar a propriedade ( Diário do Rio de Janeiro, 21 de setembro de 1839, na
primeira coluna ) e, em 1840, ela passou a pertencer a dom Pedro II e a seus
sucessores ( Diário do Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1840, na terceira
coluna). A fazenda foi então arrendada por Frederico Koeler, que se tornou seu
superintendente. Ele teria que edificar um palácio para o imperador, uma igreja
e um cemitério, além de povoar a região.
Foi da dotação pessoal de Pedro II que vieram os recursos
para a construção do palácio. O projeto original foi de Koeler e depois de seu
falecimento, em 1847 (Diário de Notícias, 24 de novembro de 1847, na segunda
coluna), foi alterado pelo italiano Cristóforo Bonini, responsável pelo acréscimo
do pórtico de granito ao corpo central do edifício. Sob orientação de Pedro II,
o botânico e paisagista francês Jean-Baptiste Binot (1810-1894) planejou e
executou os jardins imperiais. O barão de Santo Ângelo, Manuel Araújo Porto
Alegre (1806 – 1879), colaborou na decoração. Os arquitetos João Cândido
Guillobel (1787 – 1859) e José Maria Jacinto Rebelo (1821 – 1871), ambos
ligados à Academia Imperial de Belas-Artes, também participaram da obra.
Com o banimento e o exílio da família real na Europa,
ocorrido logo após a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, e com
a morte da imperatriz dona Teresa Cristina na cidade do Porto, em Portugal, em
28 dezembro de 1889, e o falecimento, em 5 de dezembro de 1891, de dom Pedro II
, a princesa Isabel (1846 – 1921) tornou-se a única herdeira do palácio. Ela o
alugou para o Educandário Notre Dame de Sion, entre 1893 e 1908. Entre 1909 e
1939, o Colégio São Vicente de Paulo funcionou no prédio.
O político e historiador Alcindo de Azevedo Sodré (1895 –
1952), que havia estudado no Colégio São Vicente de Paulo, foi o mentor da
transformação do seu antigo colégio em um museu histórico. O presidente Getúlio
Vargas criou, em 29 de março de 1940, pelo Decreto-Lei n° 2.096, o Museu
Imperial, inaugurado em 16 de março de 1943, na comemoração do centenário de
Petrópolis (Jornal do Brasil, 18 de março de 1943). Azevedo Sodré foi seu
primeiro diretor.
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