Não demora muito e essa imagem pode vir a ser real |
Pois foi dessa maneira que eu vi o presidente da Colômbia
cumprimentando o chefão das FARC, sob os olhares embevecidos dos mais puros
representantes da idiotia latino-americana. Uma covardia sem tamanho por parte
de um governo que se rendeu a uma quadrilha de 14 mil pessoas apesar de dispor
de um contingente de 450 mil homens nas forças armadas.
Tampouco me agrada o comportamento da metade da população,
que parece satisfeita com essa rendição do Estado ao banditismo
narcotraficante.
Apesar do título parecer piada, não sei se vai demorar muito
para que o mesmo aconteça por aqui, caso não se tomem providências urgentes,
imediatas. Se já não for tarde demais para se evitar uma guerra civil.
Narcoestados, presente ou futuro?
Chico Regueira em O Globo
O crime organizado está nacionalizado no Brasil. A
exportação para outros estados do modelo de facções e milícias, criado no Rio
de Janeiro e em São Paulo, parece definitivamente não estar sendo percebida
pelo Ministério da Justiça.
A ausência de um projeto brasileiro integrado de combate a
esses grupos facilita a expansão deles em escala industrial por capitais e
cidades médias. As políticas baseadas na repressão policial feita em
trincheiras, esquina por esquina, não levam em conta a extensão territorial do
país e a capilaridade das diversas facções.
Não é mais somente o monopólio da venda de drogas ou do gás
no varejo que deve ser levado em questão, mas também a ocupação das cidades por
facções e milícias que se impõem como um poder paralelo instituído através de
ações violentas, torturas e assassinatos, que disseminam o medo em qualquer um
que levante a voz contra seus interesses.
Esses grupos criminosos agem no vácuo deixado pelo Estado,
que perde territórios urbanos ao se anular negando políticas públicas,
estrutura e direitos básicos às periferias. Cada região abandonada é uma nova
área livre a ser ocupada pelo poder paralelo, que enxerga nesses vazios enorme
potencial lucrativo através da exploração criminosa.
Cidades como Fortaleza, João Pessoa, Natal, Vitória e
Maceió, para citar algumas, assistem impassíveis à expansão de facções que se
afirmam pichando suas siglas em muros e postando relatos de dominação no
YouTube. Esses grupos se atentaram para a importância da disputa do poder
institucional, e hoje buscam espaço na política partidária financiando
campanhas e indicando candidatos em algumas dezenas de municípios brasileiros.
Somente no estado do Ceará, advogados de partidos políticos
com os quais conversei reservadamente estimam 14 cidades com candidatos a
prefeitos, que podem ser eleitos no próximo domingo, indicados pelo tráfico de
drogas. Os traficantes desconhecem dificuldades financeiras e bancam campanhas
através de cidadãos laranjas que emprestam, muitas vezes coercitivamente, seus
nomes e CPFs para pequenas doações que, somadas, chegam a milhões.
Subterrâneas, essas facções não são vistas pelos Tribunais
Regionais Eleitorais, que estão atentos apenas a possíveis fraudes no âmbito
político-partidário, e que sequer têm capilaridade e força investigativa para
deter a expansão deste assombroso fenômeno.
Estamos diante da formação de narcoestados brasileiros que,
como um câncer, se instalam silenciosamente, inspirados no modelo mexicano em
que o crime se faz representado no Poder Executivo e Legislativo, ditando leis
não somente através da política do terror e do medo, mas defendendo também os
interesses de seu “negócio”.
Nossas instituições não estão percebendo, ou não querem ver,
a profissionalização do crime, seja através de milícias ou facções que se
embrenham cada vez mais no Estado, tornando-se parte dele como um cupim que
pode, aos poucos, corroer toda a sua estrutura. Será que acordaremos a tempo de
combater esse fenômeno, ou já é tarde demais?
(argento - seu voto é uma arma apontada contra seu Futuro) ... bão Fróes, não é difícil "imaginar" - tempos idos, Gregório Fortunato, o Anjo Negro, disso tratava pessoalmente ...
ResponderExcluir(argento) ... lá, o Povo rejeitou, em "Referendo" ...
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