Jorge Béja na Tribuna da Internet
Nesta sexta-feira a presidente Dilma Rousseff terá apenas
cinco minutos para falar na Organização das Nações Unidas (ONU). O motivo da
reunião é a questão do clima no planeta. Dizem que Dilma vai abordar o tema do
encontro com poucas palavras e apenas de passagem. Um minuto, talvez. O resto
do tempo, vai insistir na lengalenga de que está sendo vítima de um “golpe” no
Brasil, assunto que os demais participantes do encontro não têm o menor
interesse em saber, porque ninguém foi lá para ouvir isso, nem tratar disso e
nem para ouvir o discurso de Dilma.
Cuidado, Dilma. A senhora está procurando mais sarna para se
coçar, como se dizia antigamente. Se concretizar mesmo esse propósito, poderá
sofrer outro pedido de impeachment quando voltar ao Brasil. Desta vez por
faltar ao decoro que a lei e a ética exigem de um presidente da República, por
proceder de modo incompatível com a dignidade do cargo. E com a agravante de
ter sido o despudor cometido perante o concerto das nações.
Diante da pública e veemente indignação de todos os setores
da sociedade brasileira que a senhora ainda preside, espera-se que essa nefasta
e ridícula determinação não vá adiante e até chegar o momento do discurso a
senhora volte atrás. Recue, por favor. Não piore o que já se tornou
insuportável. E se limite a dizer na ONU o que seu governo fez para ajudar a
solucionar o problema climático do mundo. Se é que fez mesmo.
O desastre lá em Minas Gerais, por exemplo, obrigava que o
governo federal imediatamente cassasse a concessão dada à Samarco, conforme
exigem a lei e a moralidade administrativa, e até hoje nada foi feito.
Mas se a senhora persistir no propósito de fugir do tema e
abordar a lengalenga da defesa de que seu mandato que corre perigo de perdê-lo
por causa de um “golpe” da oposição, então aqui vai um modelo, um rascunho, um
ensaio para o seu discurso. É rápido, abrangente e verdadeiro. De certa forma
não fugirá ao tema que é o “clima”. Não, do planeta. Mas o clima que o Lula, a
senhora e seus desastrados governos levaram o Brasil a viver.
Sejamos sinceros, falta de decoro é a Dilma falar sobre qualquer coisa.
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