Ó galinho d’Angola,
por que não vais cuspir no teu xará José Eduardo dos Santos, ditador do teu
país há 37 anos?
Vejam só o que o jumento angolano chamado José Eduardo
Agualusa escreveu em sua coluna de hoje no Globo:
(...) A histórica cuspidela (acho
que já podemos chamá-la histórica) de Jean Wyllys contra Jair Bolsonaro
parece-me muitíssimo mais legítima do que a de Carlos da Maia contra Dâmaso
Salcede [em “Os Maias” de Eça de Queiroz]. Nesta última estava em causa a
dignidade de uma senhora. Na primeira estava em causa a dignidade de um país
inteiro. (...)
Cuspir na face de outro é um gesto
universal de desprezo. Para alguns antropólogos seria uma regurgitação
simbólica, do tipo “já te comi e agora cuspo-te, porque tu és completamente
intragável”; para outros representaria uma ameaça de contaminação.
Jean Wyllys (...) talvez tenha
conseguido reabilitar a cuspidela enquanto gesto de honra. Pode questionar-se a
elegância de tal gesto e a respectiva higiene, mas não, creio, a justeza da
mesma. (...)
Por outro lado, às vezes a vileza é
tamanha, e tão desavergonhada, que seria de pensar até na contratação de
cuspideiras profissionais. À semelhança das carpideiras, ou choradeiras,
contratadas para chorar em funerais, esses profissionais da cuspidela
percorreriam as cerimônias oficiais, cuspindo na cara assustada dos corruptos e
dos canalhas explícitos. Talvez resultasse.
Ó galinho d’Angola, por que não vais cuspir no teu xará José
Eduardo dos Santos, ditador do teu país há 37 anos?
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