Nunca perdi meu tempo seguindo o “Porta dos Fundos”. A
não ser por um ou outro sketch que me enviam, não assisto. Tampouco saberia dizer se eles
são chegados a fazer vídeos políticos, já que os que eu me lembro vagamente de
ter assistido eram todos nos estilo besteirol desengajado. Meu problema é que
eu não gosto mesmo dos atores e nem das suas tentativas de fazer humor. Questão
de gosto, apenas.
Acontece que no fim de semana que passou fizeram uma alaúza danada
sobre um vídeo deles - “Delator” - em que Fabio Porchat e Gregorio Duvivier
satirizaram a PF e o MPF. Sem graça como todas as outras.
Tá bom, pra nós eles estão do lado errado da coisa, mas e
daí? Por acaso eles não podem tentar fazer humor por causa disso? Se eu e a
torcida do Flamengo recebemos trocentas piadas por dia sobre Dilma, Lula et
caterva, sendo que a maioria é bem mais ácida que o “Delator”, por que eles não
podem fazê-lo?
Aliás o resultado dessa indignação coletiva e estúpida não
poderia ser outro que não o inverso da expectativa dos tolinhos: o “Delator” já
lhes rendeu 3.187.895 acessos em menos de dois dias.
Não se trata de gostar ou não, mas sim de respeitar o
direito deles, que é o mesmo que o nosso. Enquanto a coisa estiver no humor, na
piada, não há o que discutir.
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