Muita gente que apoiou o impeachment o fez com cara de nojo
por causa de Eduardo Cunha. Estão reclamando de quê? Qual outro político teria
colhões suficientes para sustentar essa guerra até o fim? Bolsonaro? Duvido! O
coronel não serve nem para limpar as botas de Cunha quando os assuntos são
experiência, matreirice, conhecimento, inteligência, preparo e sangue frio. Imaginem
a reação de Bolsonaro sendo brindado com todos impropérios dirigidos a Cunha durante
todo o processo.
Cunha se portou com a serenidade de um verdadeiro canalha de
carteirinha, plenamente consciente que seu objetivo só seria conseguido se ele não
reagisse às tergiversações acusatórias envolvendo sua coleção de delitos.
Engoliu todos os sapos do brejo parlamentar e os digeriu sem demonstrar
desconforto, ciente que estava sobre a sua situação na Justiça, que nada tinha
a ver com o processo de impeachment, sem, em nenhum momento, ter perdido tempo
em responder às provocações vindas da tropa de choque da Dilma, que tinham o
nítido intuito de retardar o processo.
Ninguém além de Cunha suportaria tamanha carga.
Eu, crítico de Cunha desde priscas eras, quando ele nem
sonhava em ser presidente da Câmara, sou obrigado a confessar que, nesse caso, o
teólogo jesuíta Hermann Busenbaum, em sua obra Medulla Theologiae Moralis, de
1645 está absolutamente certo ao afirmar que “cum finis est licitus, etiam
media sunt licita” (quando o fim é lícito, também os meios são lícitos).
Além disso, se Cunha ainda não foi cassado, preso ou ambos,
ele está tão habilitado quanto qualquer dos 273 deputados federais citados na
Justiça e nos Tribunais de Contas (53,2%
do total), que votaram ontem. Não há como invalidar ou mesmo desmerecer a importância do
processo de impeachment se é esse tipo de gente que dispomos para o momento.
Não tem tu, vai tu mesmo.
Se muitos estão mesmo preocupados, cheios de escrúpulos e
com medo que a situação se repita, que tomem vergonha na cara e cuidem de
tratar seus votos como bens preciosos e inalienáveis, começando por outubro agora, quando
elegeremos prefeitos e vereadores, aproveitando, cada um, o embalo desse fabuloso
despertar político.
(argento) ... diz a lenda que, só a Creonte, o barqueiro, é permitida a tarefa de navegar, no mundo inferior, sobre o "Tigre e o Eufrates", ... ao Hades ...
ResponderExcluirFalando em Jair Bolsonaro, ele se filiou ao PSC (Partido Social Cristão), ele virou socialista ou o "social" do partido não significa socialista?
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