domingo, 24 de abril de 2016

Em sã consciência, alguém pode classificar um transgênero como uma pessoa normal?

“Donald Trump e Ted Cruz, os dois principais candidatos republicanos na disputa pela nomeação pelo partido, se envolveram numa controvérsia nacional sobre a lei da Carolina do Norte que obriga pessoas transgênero a usarem banheiros públicos ou em escolas de acordo com o sexo biológico registrado em suas certidões de nascimento. Enquanto Trump defendeu que cada um use o banheiro que achar mais apropriado, Cruz acusou o rival de ceder ao politicamente correto.”

Baseado nessa notícia em que Trump surpreende e pisa na bola, eu pergunto se, em sã consciência, alguém pode classificar um transgênero como uma pessoa normal?

Pois é. Hoje, basta se perguntar isso para que milhões de pessoas respondam com uma outra pergunta: “E o que é uma pessoa normal para você?”, se fazendo de desentendidas, como se não estivessem fartas de saber que “normal” significa (1) conforme a norma, a regra, regular; (2) que é usual, comum, natural; (3) sem defeitos ou problemas físicos ou mentais e (4) cujo comportamento é considerado aceitável e comum.

Posto isto, voltemos à pergunta: alguém pode classificar um transgênero como uma pessoa normal?

Antes das respostas, há de se encontrar uma entre as miríades de definições de “transgênero” espalhadas pelo Google, já que a palavra não consta nem dos dicionários relativamente modernos - como o meu Houaiss que tem cinco anos - para que as coisas fiquem mais claras. Então vamos à Wikipedia:

A “transgeneridade” refere-se à condição onde a expressão de gênero e/ou identidade de gênero de uma pessoa é diferente daquelas atribuídas ao gênero designado no nascimento. Mais recentemente o termo também tem sido utilizado para definir pessoas que estão constantemente em trânsito entre um gênero e outro. O prefixo trans significa “além de”, “através de”. “Transgênero” é um conceito abrangente que engloba grupos diversificados de pessoas que têm em comum a não identificação com comportamentos e/ou papéis esperados do sexo biológico, determinado no seu nascimento. Esses grupos não são homogêneos dado que a não identificação com o gênero de nascimento se dá em graus diferenciados e refletem realidades diferentes.

Pronto. Como a própria Wikipedia nos diz, “transgênero” é um conceito abrangente, porém, em nenhum dos aspectos dessa abrangência se pode aplicar os conceitos de normalidade. Será que é aceitável dizer que um transgênero age conforme a norma? Que é usual, comum, natural? Que não tem defeitos ou problemas físicos ou mentais? Que tem um comportamento aceitável e comum?

A resposta é não! E mesmo sobre o único conceito que pode dar margem a discussões - defeitos ou problemas físicos ou mentais -, não há dúvidas que quem nasce com um sexo e quer, opta ou é obrigado por circunstâncias naturais a se comportar como se fosse do outro tem, obrigatoriamente, algum defeito físico (mesmo que seja endócrino) e/ou mental.

Um outro detalhe que muita gente releva é que uma pessoa que tem o sexo como sua razão de viver não é de fácil convivência, já que o exacerbo dos seus instintos é, via de regra, incontrolável, fato facilmente constatável através de comportamentos afetados e até mesmo de exigências descabidas como essa de querer frequentar banheiros de acordo com seu “humor sexista” do tipo, “ah, hoje acordei mulher e vou fazer pipi sentado no banheiro feminino”.

Há coisa mais ridícula, despropositada e perigosa? E se o sujeito, no meio do pipi, resolver mudar de “humor”, virar macho e sair atacando as mulheres no banheiro? Quantas vezes você, que é normal, acorda com um tipo de humor e muda de repente? Imagine os “transgêneros”.

Você concordaria que sua filha ou neta compartilhasse o banheiro da escola com gente assim? O que você faria se a sua mulher fosse ao banheiro em um restaurante e um homem entrasse junto? Mesmo que se alegue o impossível - que essa gente não oferece incômodo ou mesmo perigo -, o que impede que um tarado se faça de “transgênero” e cause males maiores?

Podem espernear à vontade, podem dizer até que a ONU já determinou que essa gente não é doente, mas não há justificativa plausível para tantos privilégios, principalmente para essa livre escolha de sexo conforme conveniências individuais.

P.S.: Quem achar que eu estou falando genericamente de homossexuais, pode ir tirando o cavalinho da chuva. A grande maioria deles é gente decente que, inclusive, deplora esse tipo de aberração.


5 comentários:

  1. (argento) ... claro que sim, um pato que late, um cão que voa, papai noel que rouba -tudo é normal na Era da Moral/Ética Descartáveis- ciclovia que cai, do "doela a quien doela", da foice que ceifa campos que não plantou, do desarmamento só do Cidadão Ordeiro, ...

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  2. Um problema grave, que ocorre com a comunicação em geral, é que quando alguém diz que transgênero não é normal, muitas pessoas escolhem um significado pejorativo para contestar.

    Sobre a questão do banheiro, tenha a impressão que a solução seria três categorias de banheiros, masculino, feminino e outros.

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    1. (argento) ... é, Milton, mas isto só aparece quando há o (um) componente Passional associado à divisão (polarização - bom X mau, preto X branco, ...); isto faz com que, as pessoas, esquecerem fácil, por exemplo, que as operadoras de TV por assinatura cobram um preço mensal com o qual se pode comprar uma "TV di prasma" por ano ...

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    2. (argento) ... com as discussões sobre Limitar a Internet pelo "consumo" de pacotes: "As Operadoras não são os DONOS dos dados (pacotes) que trafegam entre Servidores e Clientes ...

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    3. (argento)... como bom Anarquista, que valha a Máxima: "Quem não tem Competência que não se Estabeleça"- a Máxima traz implícito que, uma vez estabelecido, peça pra cagar e saia se não possui mais os requisitos necessários para manter-se nos negócios ...

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