Muito Plasil na veia me deu forças para comentar o texto abaixo, em vermelho, extraído do site do PT.
Alberto Cantalice: O cretinismo e o
ideário conservador
A história da construção do ideal de
nação no Brasil foi pontificada pelos desejos e desígnios dos “eleitos”. País
de privilégios arraigados desde a instituição das chamadas Capitanias
Hereditárias, o Brasil foi o último país do ocidente a abolir a escravidão. A
separação entre a Casa Grande e a Senzala perdura. Não à toa somos ainda
detentores do nada honroso título de uma das nações com uma das maiores
concentrações de rendas e riquezas do mundo.
Faz 127 anos que a escravatura foi abolida no Brasil e ainda
há palermas como Cantalice que insistem em recriar cenários pré-Abolição para
justificar suas próprias incompetências. Mas vamos admitir que, como diz o
bovino fundamental, “separação entre a Casa Grande e a Senzala” ainda perdure
mesmo, o que leva à seguinte pergunta: o que fez o PT a esse respeito nesses 13
anos de poder?
Só lembrando que a Coreia do Sul demorou apenas dez anos
para se transformar de um país com US$ 100 de renda per capita e 63% de
analfabetos em um Tigre Asiático.
Mas é no parágrafo abaixo que a imbecilidade absoluta de
Cantalice se manifesta:
A ausência da sensação de segurança
aliada à péssima percepção da maioria da população dos serviços públicos, criam
o caldo de cultura que permite o reaparecimento na cena do conservadorismo e do
reacionarismo, inclusive em franjas da áreas populares. Base orgânica do velho
udenismo e do lacerdismo, os setores elitistas e excludentes da sociedade
brasileira, mais uma vez tentam dar o tom do processo político.
Pasmem senhores! Para a múmia, o problema não é a segurança,
mas sim a “ausência da sua sensação”, tanto quanto os bons serviços públicos quanto
à nossa “péssima percepção” deles. Ou seja, o brasileiro é tão idiota que não reconhece
a nossa fantástica segurança nem os nossos serviços públicos de primeiro mundo.
Mas isso são apenas sensações que os “elitistas excludentes” incutem na cabeça
do povo.
O cretinismo dos privilegiados tenta
fazer crer que os males do País se resolverão ao se apear, pela via das
manobras inconfessáveis, uma presidenta legitimamente eleita.
Mais uma vez Cantalice viaja em sua estupidez. Impeachment
não é “manobra inconfessável”, seja lá o que isso queira significar, há sérias
dúvidas sobre a legitimidade da eleição de Dilma e, acima de tudo, ninguém em
sã consciência acha que a simples saída da “presidenta” é suficiente para
resolver todos os males do País - para que isso ocorra, seria necessário que o
PT todo largasse o osso. O impeachment ou cassação do mandato de Dilma é pedido
apenas por uma questão de justiça, por responsável que é pelo sem número de
irregularidades ocorridas durante seu governo.
Por isso e para fazer frente a esse
estado de coisas é que o reagrupamento das forças democráticas e de esquerda em
defesa das pautas progressistas é urgente e necessária. Hoje, o combate ao
machismo e ao preconceito de qualquer natureza; a luta pela criminalização da
homofobia e contra a precarização das relações de trabalho são alguns dos
pilares que as forças democráticas devem se debruçar. A pauta conservadora e
sua força devastadora quer fazer a roda da história voltar para trás. Cabe a
nós, resistirmos!
E o gran finale de Cantalice é fantástico: os “pilares” da
solução para o Brasil são o combate ao machismo e a criminalização da homofobia.
Isso sem contar com a apropriação indébita para si e para o PT da expressão “forças
democráticas”, quando praticar democracia é a última coisa que passa pelas suas
cabeças.
Quem é o cretino nessa história?
(argento) ... não ia nem comentar a Cretinice. Se o público alvo das balas perdidas só percebe as balas, é por que não há Segurança; outra coisa, é da "senzala" que vocês tiram o "provento" pra viver na Casa grande...
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