Foi com seu sotaque mineiro que a presidente Dilma Rousseff
fez piada com o jeito de falar bem marcado do apresentador Jô Soares. “Um
sotaque gaúcho impecável”, brincou a presidente na segunda-feira, após receber
o apresentador da TV Globo no Palácio do Planalto.
Durante o encontro de quase duas horas, Dilma disse a Jô
que, durante a década de 1970, quando o Brasil vivia sob uma ditadura e Dilma
lutava ao lado dos movimentos de oposição ao regime, os programas humorísticos
dos quais Jô fazia parte, como “Faça Humor, Não Faça Guerra”, eram sua alegria.
“Eu me divertia muito com seu humor inteligente”,
confidenciou a presidente.
Os dois conversaram sobre o livro “O homem que amava os
cachorros”, do escritor cubano Leonardo Padura, que conta os últimos anos de
vida do revolucionário russo Leon Trotski. A trilogia sobre Getúlio Vargas, de
Lira Neto, também foi pauta do encontro definido como “informal” por auxiliares
da presidente.
Receber Jô Soares não constava na agenda oficial da
presidente e não rendeu entrevista ou nenhuma declaração oficial. No entanto,
ao final da conversa, Dilma prometeu ir em breve ao “Programa do Jô”, na TV
Globo, para retribuir a visita.
Realmente não há nada de mais importante para a presidente de um país tão bem administrado fazer do que trocar duas horas de prosa com um ex-humorista gagá. Os dois se merecem: uma não faz nada - quando faz, faz
errado - e o outro a defende.
Parafraseando Newton: Merda atrai merda na razão direta das massas (haja massa!) e na razão inversa do quadrado das distâncias.
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