terça-feira, 21 de agosto de 2018

A candidatura “fake” de Amoêdo


Eu até considero o Amoêdo um bom candidato, se bem que dentro dessa pobreza de nomes não é difícil sobressair. Não chego ao exagero de dizer, como muita gente diz por aí, que é o candidato mais preparado porque, por óbvio, um debutante não pode ter mais preparo que seus concorrentes, burros velhos de política, mas digamos que ele é o que apresenta as melhores perspectivas individuais de fazer um bom governo, muito embora pese-lhe muito a falta de representatividade parlamentar, essencial para a governabilidade. Mas eu tenho sérias dúvidas quanto às suas reais intenções, já que a campanha em nada tem ajudado para que esse ilustre desconhecido se torne um pouco mais visível para o Brasil. A ideia que ele me passa é que para ele essas eleições estão lhe servindo como um “jogo-treino com acesso ao público”, onde o resultado pouco importa. E não sou o único a achar isso.

Duas das evidências sobre o que eu digo são o pouco investimento na divulgação da sua imagem - embora suas próprias economias pudessem proporcionar um marketing bem mais decente, sem grandes prejuízos financeiros - e seu conformismo em não participar dos debates - mesmo que, por lei sua presença não seja autorizada por não ter representatividade no Congresso, sua reação a isso foi nenhuma.

A princípio meu voto seria dele, mas como, diante desses fatos, pode se concluir com pouca chance de errar que se o próprio Amoêdo não está levando sua candidatura, digamos, a sério como deveria, não sou eu que vou botar a azeitona na sua empada. Eu tinha reservado o tal “voto útil” para o segundo turno, mas diante disso, vou usá-lo no primeiro também.


Nenhum comentário:

Postar um comentário