quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Não Sou: – Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais? Na verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero… E tudo isso para quê?

Ives Gandra da Silva Martins

Meu Nome é: Ives Gandra da Silva Martins

Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos. Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).

Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros – não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela – passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos ‘quilombolas’, que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiados por dinheiro público, para realçar as suas tendências – algo que um cidadão comum jamais conseguiria do Governo!

Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória, a conduta consistente em agredir o direito.

Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse ‘privilégio’, simplesmente porque esse cumpre a lei.. Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para ‘ressarcir’ aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos. E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema? Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo.


5 comentários:

  1. Inversão de valores. É realidade. Até meu amigo que chamava carinhosamente de "negão" se sentiu discriminado. Nunca mais nos falamos. Os petralhas conseguiram acabar com uma amizade de infância.
    Pobre brasil, terra de corruptos.

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  2. Verdade. Eu, que convivi com vários crioulos desde pequeno, sou testemunha disso. Depois do PT eles mesmos se segregaram.

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    1. Idem. O último,estou afastado pela distância. Não posso sair por problema de doença da sogra, e ele deve estar muito ocupado...

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  3. Eu gostaria de perguntar ao Ives Gandra pai, o que ele tem a dizer sobre as fraudes processuais sistematizadas na Justiça do Trabalho, que é presidida pelo Ives Gandra filho.

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  4. Não é bem assim... As políticas que procuram (apenas procuram) garantir direitos iguais para as minorias e até para as maiorias (os negros afrodescendentes brasileiros) são denominadas "políticas de reparação".
    Reparar o que? Reparar os erros acumulados durante a história que infringiram a estas minorias e aos afrodescendentes um legado negativo em termos de: aceitação, direitos iguais, salarios iguais, oportunidade de ascenção social, direito à vida, direito à dignidade... e muitos outros.
    A "negrinha" empregada doméstica (direitos trabalhistas equiparados recentemente já no século XXI) era aquela que além de toda mão de obra subalterna e mal remunerada, ainda servia de "instrumento" para iniciação sexual dos filhos do patrão (há documentários e novelas -até da GloboBosta- atestando isso)
    Pelé, o rei do futebol já foi barrado numa porta de boate por causa da cor da pele (e já era famoso). Meu primo, Wirson (já falecido) me contou com muito orgulho que tinha comprado (alta grana) uma cota do PIC (Pampulha Iate Clube) aqui em BH, e que os "branquinhos" de lá NÃO TERIAM COMO BARRAR UM NEGRO NA PORTARIA PORQUE A COTA TINHA SIDO PAGA À VISTA.
    O buraco é mais embaixo Doutor Ives Granda e, para opinar neste assunto é preciso ler um pouco de história e entender (ao menos um pouquinho) sobre como se formou a nação brasileira (em todos os seus detalhes - os explícitos e os ocultos pela mídia dos brancos)

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