quarta-feira, 22 de março de 2017

Esquerda reaça e lesa

Felippe Hermes

Há mais processos trabalhistas no Brasil do que em todo o resto do planeta somados. Nenhum país do mundo cobra tantos impostos sobre o trabalho.

Ainda assim, uma reforma trabalhista que mudasse estes “direitos”, seria veementemente combatida.

Por aqui, nos aposentamos mais cedo do que em qualquer país da OCDE, e gastamos 2 vezes mais com idosos do que com a educação de todos os nosso jovens. Temos os 20% mais ricos do país se aposentando em média 7 anos antes e ganhando 3 vezes mais do que os 50% mais pobres.

Ainda assim, uma reforma previdenciária que mudasse isso esta sendo veementemente combatida em nome dos mais pobres. Não há sequer uma proposta de contrarreforma, apenas negação do debate.

Temos por aqui o pior retorno em impostos de todos os 30 países mais ricos do mundo. Cobramos mais e oferecemos menos do que qualquer outro.

Ainda assim, nenhuma reforma tributária avança no país há 3 décadas, e todas as contrapropostas incluem aumentos de impostos.

Temos a menos taxa de investimento dentre todas as economias emergentes, nosso salário mínimo tem o mesmo poder de compra dos anos 60, e a média de renda da população cresceu 3 vezes menos que outros países emergentes como Chile, Coréia do Sul etc.

Ainda assim, produtividade é papo de burguês.

Temos 3 vezes mais burocratas na área de educação que a média da OCDE, e gastamos mais do que a média dos países latino-americanos mais bem posicionados no ranking do PISA.

Ainda assim, baixa educação é falta de verba.

Pobre do país que convive com uma esquerda reacionária disposta a lutar por leis trabalhistas de 60 anos, pelos privilégios do funcionalismo público, por mecanismos que concentram de renda (vide universidade pública gratuita, o modelo atual de previdência, etc.), e por uma direita que compactua com tudo isso, e aguarda 2018 pacientemente, pois na próxima eleição vai dar certo.


Um comentário:

  1. Não sei se é verdade, mas um deputado falou, não faz muito tampo, que a Justiça do Trabalho custo o dobro dos benefícios que os trabalhadores recebem. Em resumo, se o governo pagasse as ações trabalhistas diretamente aos trabalhadores litigantes, custaria metade do que custa e os empregadores não se incomodariam nem perderiam dinheiro com honorários e ações fraudulentas promovidas pela própria Justiça do Trabalho.

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