A OAB lança amanhã a “Campanha de Combate à Corrupção”
“A OAB Nacional, voz constitucional do cidadão, e suas seccionais estão engajadas no combate à corrupção e ao desvio de verbas públicas, chagas que acarretam atrasos sociais, além de causar instabilidade econômica e crises institucionais que em nada colaboram positivamente para o desenvolvimento e amadurecimento da democracia em nosso país.
“A OAB Nacional, voz constitucional do cidadão, e suas seccionais estão engajadas no combate à corrupção e ao desvio de verbas públicas, chagas que acarretam atrasos sociais, além de causar instabilidade econômica e crises institucionais que em nada colaboram positivamente para o desenvolvimento e amadurecimento da democracia em nosso país.
Mantendo sua firme posição de não atuar como comentarista de
casos, mas defensora de causas, a Ordem reafirma seu entendimento de que
advogados, delegados, juízes e membros do Ministério Público devem ser
conduzidas com independência, sempre sob o comando da Constituição Federal.
(...)
A sociedade brasileira clama aos Poderes Legislativo e
Executivo a adoção de medidas eficazes de fortalecimento dos mecanismos de
controle e auditoria em todos os órgãos públicos, bem como a aprovação de
projetos de leis definidores de uma profissionalização da Administração
Pública, com a redução extrema dos espaços ocupados por agentes não-detentores
de cargos efetivos e concursados, sendo importante incorporar, nessas
iniciativas, instrumentos voltados para: a) reduzir influências corporativas
indevidas; b) definição de critérios objetivos para ocupação dos postos de
direção por servidores de carreira; c) limitação de tempo para o exercício dessas
funções de direção por ocupantes de cargos efetivos; d) definição de
“quarentenas”, sem o exercício de cargos comissionados, depois da ocupação
desses espaços por servidores concursados.”
Tudo bem, tudo muito bonito, mas eu gostaria de saber por que os advogados
que se notabilizaram pelas defesas de políticos corruptos e de notórios
bandidos não entraram nessa.
Voltando um pouquinho no tempo, estima-se que Daniel Dantas
tenha pago R$ 52 milhões a advogados para se defender das inúmeras acusações
que pesam sobre ele. Só a Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, foram R$ 8
milhões.
Na “CPI do Cachoeira”, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o
rei da jogatina em Goiás desembolsou a fortuna de R$ 15 milhões pelos serviços
advocatícios do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Demóstenes Torres,
senador envolvido no caso, que declarou na época um patrimônio inferior a R$ 1
milhão, também contratou um criminalista de peso, Kakai, que também defendeu o
governador Marconi Perillo por R$ 5 milhões.
Já no mensalão, estima-se que os envolvidos pagaram, até
2012, R$ 61 milhões para não ser condenados. Só Márcio Thomaz Bastos recebeu R$
20 milhões do Banco Rural para defender seu ex-diretor José Roberto Salgado.
Quanto a Dirceu, que fez até vaquinha para pagar sua multa, estima-se que
desembolsou a módica quantia de R$ 5 milhões para seus advogados.
Agora a OAB cobra ética dos políticos, dos governantes, da
presidente, de ministros até prefeitos de pequenas cidades e dos próprios
magistrados. Certíssimo! Mas e neles, os advogados, não vai nada?
E os honorários, podem ser pagos com o produto do crime?
Será que, pelo menos, para começar, não vale uma reflexão da
OAB sobre criminosos comprovados, como traficantes de drogas, que contratam
advogados caríssimos, que serão evidente e regiamente pagos com o produto do
crime?
E os casos dessa gentalha toda do mensalão, do petrolão e
outros tantos “ãos” criminosos que esse governo canalha nos proporciona? Quem
paga aos kakays da vida? É claro que, no frigir dos ovos, somos nós, os
contribuintes, já que o dinheiro vem do erário público sustentado pelos
impostos extorsivos que pagamos.
Agora vejam se tem cabimento: a fortuna paga aos advogados
dos ladrões sai dos bolsos das vítimas!
Uma outra coisa. Será que o ex-ministro da Justiça Márcio
Thomaz Bastos teve correção ética ao defender o notório bandido Carlinhos
Cachoeira? A questão não é a ilegalidade, que não há, mas sim a imoralidade. E
aí vai um tema para ser pensado: o papel, como advogados, de ex-ocupantes de
cargos públicos relevantes que têm a ver com a área: ex-ministros da Justiça,
ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, ex-ministros do Superior Tribunal de
Justiça, desembargadores aposentados, ex-procuradores-gerais da República, e
por aí afora.
Será justo que eles usem suas influências, de forma direta
ou indireta, nos casos em que passam a atuar como advogados? Há transparência
suficiente nessas situações?
Por tudo isso essa tal “Campanha de Combate à Corrupção” não
passa de demagogia barata. E não poderia ser de outra maneira, já que a OAB,
hoje, tem todo direito de reivindicar para si a sigla OAB do PT.
(argento) ... se atentar aos Detalhes. encontra-se o Diabo que mora neles - nos DETALHES!!! ... curiosamente, dinheiro vivo não fala (assim como a justiça é "cega"), não declara sua origem e, a diferença entre os Degraus, faz a diferença ...
ResponderExcluirNão bastasse, a OAB ainda se apresenta como a "impoluta defensora da nossa democracia" ou, seja a verdadeira cafetina do Brasil.
ResponderExcluirNão bastasse, a OAB ainda se apresenta como a "impoluta defensora da nossa democracia" ou, seja a verdadeira cafetina do Brasil.
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