Com dados de http://www.em.com.br/
e Wilson Baptista Jr., da Tribuna da Internet.
Apesar da pesquisa do Datafolha revelar que a avaliação que
a população faz do trabalho do Congresso ainda é mais negativa que a de Dilma,
com apenas 9% da população considerando ótimo ou bom o desempenho dos deputados
e senadores e mesmo em um ano de restrição de gastos, os calhordas decidiram
triplicar o fundo partidário.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator do Orçamento da
União para 2015, alocou em uma emenda de Plenário cerca de R$ 867,5 milhões
para o fundo, apesar do Poder Executivo ter proposto R$ 289,5 milhões. Na
verdade, o Congresso vem aumentando o valor do Fundo Partidário desde 2011, mas
neste ano a coisa extrapolou.
Mas não foi só isso. Cada novo parlamentar foi contemplado
com R$ 10 milhões e os antigos com R$ 16 milhões em emendas, grana que é usada
para comprar votos em seus redutos eleitorais, perfazendo um total de R$ 12,37
bilhões.
O pior, indiscutivelmente, é que a “engenharia financeira”
usada para garantir as emendas e o fundo partidário, resume-se no simples “remanejamento” - para mim é desvio e
desvio de grana é crime - de R$ 2,7 bilhões destinados - pasmem - à Conta de
Desenvolvimento Energético, usada nos últimos anos para custear o desconto na
conta de luz, quando estamos sendo asfixiados pelo aumento brutal das contas de
luz e pela falta de investimentos no setor.
Além disso, as alegações, argumentos e explicações usados
pelo chefe da matulagem, Romero Jucá, para chegar a esse assalto quase bilionário
que premiou partidos e políticos são um escárnio com a população:
“A pulverização dos partidos na Câmara fez com o que o bolo
para as legendas tradicionais diminuísse, uma vez que 95% fundo é distribuído
de acordo com o resultado alcançado pelas siglas na Casa.”
Quiuspariu, o número de parlamentares não aumentou! A corja
apenas se distribuiu em mais partidos e os partidos de onde eles saíram
obviamente ficaram menores, portanto, que recebessem menos!
“A Operação Lava Jato afugentou doadores.”
Ou seja, Jucá reconhece publicamente que as doações eram
consequências de corrupção.
“O incremento do fundo partidário não vai causar desgaste
com a opinião pública porque os pedidos dos partidos chegavam a R$ 2 bilhões.”
Quer dizer que Jucá acha normal dar menos da metade do que
querem os partidos mesmo que esse valor seja o triplo do desejável? Mamãe tá
boa?
“Se houvesse o financiamento público de campanha o valor
seria muito maior. Em anos eleitorais o Orçamento da União teria de reservar um
valor que, segundo ele, não é razoável para as campanhas, de cerca de R$ 5
bilhões.”
Financiamento público de campanha é o cacete! Desde quando o
Estado tem que arcar com esses custos escandalosos das campanhas dos políticos?
Não bastasse isso tudo, fui ao site da “Comissão Mista de
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização - CMO” da Câmara federal para saber
os nomes dos mutreteiros que a compõem e obtive isto:
Ou seja, a página, que foi “atualizada” pela última vez em
14/2/2015, só apresenta o nome do seu 1º Vice, o que quer dizer que a gente não
pode nem xingar o resto da corja nominalmente, um a um. Em todo caso, sem medo
nenhum de errar por atribuir erros aos “pecadores” e aos “justos”, já que os
últimos perfazem uma meia dúzia de três ou quatro que são coniventes com os
primeiros, afirmo que o Congresso Nacional é formado, não pelos 300 picaretas
de Lula ou pelos 400 achacadores de Cid Gomes, mas por 594 salafrários da pior
estirpe.
(argento) ... em bom "Português da Massa": "Uma Quadrilha de Filhos da Puta"!!!, que, como "legisladores", não podem ser "enquadrados pelo Delegado"
ResponderExcluir(argento) ... em prejuízo daqueles que Delegam pelo Voto Obrigatório ... é a constatação da "lógica bíblica" do "pagam os justos pelos pecadores" ... e se o voto fosse Facultativo?, a "lógica cruel" permanece a mesma, o que complica qualquer discussão ...
Excluir(argento) ... enquanto isto acontece, os "Negócios" agradecem, se divertem, e,,, enriquecem ...
ExcluirEsqueceram de tirar o nome do 1o vice.
ResponderExcluirPois é... Nos bons tempos do Observador Político (de triste memória) eu não me cansava, mesmo sendo repetitivo à exaustão, de dizer: "Os governos não governam mais, quem governa é o capital acumulado que financia as campanhas dos candidatos ao Executivo e Legislativo e lhes "prende o rabo", evitando que as políticas e as leis sejam "para o povo e para a nação".
ResponderExcluirNada melhor que o tempo, para separar a verdade das falácias de forma definitiva!
Encontrei... (conforme citado no comentário anterior)
ResponderExcluirDISCUTINDO A PROPRIEDADE PRIVADA.
No decorrer de várias discussões aqui no Observador Político tenho notado que, dentro dos comentários, algumas afirmativas que são feitas por alguns observadores em defesa do “bem-estar de todos os seres humanos” são entendidas como “tomar daquele que tem para distribuir pelos que são despossuidos”, ou ainda “estabelecer o regime em que quem produz mais não terá o direito de ganhar mais”.
Percebo que para possibilitar o entendimento daquela situação a que está se referindo como sendo o “bem estar de todos os seres humanos” é preciso antes, investigar o passado e entender pelo menos parcialmente como aconteceu o processo que estabeleceu a atual competição voraz existente entre nós e instituiu a propriedade privada substituindo o conceito de que o planeta pertence coletivamente aos seres humanos (nós), aos animais e à vida vegetal nele existente.
É necessário entender e assimilar o conhecimento sobre onde nasceu, porque nasceu e em que condições nasceu o sentimento e a necessidade de acumular riquezas e de consumir sempre mais, mesmo que aquilo que se deseja consumir não seja essencial para que se tenha uma boa vida e determinada parcela de felicidade ao vivê-la.
Os textos a seguir tentam, de forma resumida explicar como ocorreu este processo que substituiu o coletivo pelo privado. É evidente que não foi um processo ocorrido em um curto período de tempo pois textos da antiguidade já relatam a existência da propriedade privada. É da exacerbação deste processo que os textos tratam, usando metáforas e misturando fábulas e história real na tentativa de transmitir o recado.
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Para acessar a continuação do texto, basta clicar no meu nome no início deste comentário.