Resultados da 127ª Pesquisa CNT/MDA
Resumo dos dados em:
A 127ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 16 a 19 de março de
2015 e divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), mostra a
avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma
Rousseff.
Aborda também a expectativa da população sobre emprego,
renda, saúde, educação e segurança pública. Os entrevistados foram questionados
sobre as denúncias na Petrobras, situação econômica e política do país, custo
de vida, protestos do dia 15, entre outros assuntos.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25
Unidades Federativas, das cinco regiões, entre os dias 16 e 19 de março de
2015.
CONCLUSÃO
A 127ª Pesquisa CNT/MDA demonstra forte pessimismo do
brasileiro em relação aos governos, principalmente ao governo federal. Os
resultados mostram queda expressiva da popularidade da presidente Dilma
Rousseff e da avaliação do governo, em consequência, principalmente, da piora
da situação econômica, do aumento da inflação e do custo de vida, do risco de
desemprego, da piora nos serviços públicos e da corrupção, que passa a ser
relacionada fortemente ao governo e à presidente
da República.
A avaliação positiva do governo federal (10,8%) apresenta o
pior percentual desde a medição de outubro de 1999 (8%). Já a aprovação do
desempenho pessoal de Dilma Rousseff (18,9%) é o pior índice registrado pela
série histórica das pesquisas realizadas pela CNT neste quesito.
Há de se considerar que o pessimismo compromete as
expectativas em relação a emprego, renda mensal, saúde, educação e segurança.
O cenário político é preocupante pelo alto percentual a
favor do impeachment (59,7%), pelos 66,9% que não acreditam na eficácia das
medidas do governo contra a crise e ainda pela descrença na política e nos
políticos, com 90,1% dos que acompanham as denúncias da Petrobras acreditando
que os nomes citados na lista enviada ao STF estão mesmo envolvidos em corrupção,
conclui Clésio Andrade, presidente da CNT.
• AVALIAÇÃO DO GOVERNO E DESEMPENHO PESSOAL DA PRESIDENTE
FEDERAL: A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff
é positiva para 10,8% dos entrevistados, contra 64,8% de avaliação negativa. A
aprovação do desempenho pessoal da presidente atinge 18,9%, contra 77,7% de
desaprovação.
ESTADUAL: 3,7% avaliam o governador de seu Estado como
ótimo. 20,7% como bom, 39,0% como regular, 11,9%, como ruim e 14,8% como
péssimo
MUNICIPAL: 4,0% avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo.
22,8% como bom, 27,4% como regular, 13,3%, como ruim e 28,5%, como péssimo
• EXPECTATIVA (para os próximos 6 meses)
Emprego: vai melhorar: 13,9%, vai piorar: 37,0%, vai ficar
igual: 45,0%
Renda mensal: vai aumentar: 14,3%, vai diminuir: 49,3%, vai
ficar igual: 33,4%
Saúde: vai melhorar: 13,3%, vai piorar: 40,1%, vai ficar
igual: 44,5%
Educação: vai melhorar: 15,4%, vai piorar: 42,2%, vai ficar
igual: 40,1%
Segurança pública: vai melhorar: 13,1%, vai piorar: 37,7%,
vai ficar igual: 46,8%
CONJUNTURAIS
• SITUAÇÃO POLÍTICA ATUAL
Escolha: Se a eleição presidencial fosse hoje, 55,7%
votariam em Aécio Neves no 2º turno. 16,6% votariam em Dilma Rousseff e 22,3%
votariam em branco ou nulo.
No 2º turno da eleição presidencial de 2014, 41,6% dos
entrevistados afirmaram ter votado em Dilma Rousseff e 37,8%, em Aécio Neves.
10,8% disseram ter votado em branco ou nulo.
Desempenho: Neste início de segundo mandato, 7,5% avaliam o
desempenho do governo Dilma Rousseff como positivo e 72,2% como negativo.
75,4% consideram que o segundo mandato da presidente Dilma
está pior do que o anterior. 16,4% disseram que está a mesma coisa. Para 2,8%,
está melhor. E 4,4% não souberam avaliar.
Itens prioritários: Para 66,7%, saúde deveria ser prioridade
neste novo mandato da presidente Dilma. 46,8% consideram educação. As outras
prioridades deveriam ser: emprego (24,6%), segurança (23,5%), economia (13,3%),
habitação (6,6%), transporte (5,5%) e saneamento (2,6%).
Promessas: Para 81,0%, a presidente Dilma Rousseff não está
cumprindo com o que prometeu nesses primeiros meses de atuação. 12,9%
consideram que está cumprindo parcialmente. 4,7% disseram que ela está
cumprindo sua promessa.
Dilma e Aécio: 38,0% acreditam que se Aécio Neves tivesse
vencido a eleição, o governo dele estaria melhor do que o da presidente Dilma
Rousseff. Para 32,6%, estaria igual. 17,4% consideram que estaria pior.
• PETROBRAS E CORRUPÇÃO
Responsabilidade: 85,0% têm acompanhado ou ouviram falar das
denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. Entre aqueles que acompanham ou
já ouviram falar, 68,9% consideram que a presidente Dilma é culpada pela
corrupção que está sendo investigada na Petrobras e 67,9% acham que o
ex-presidente Lula é culpado.
Lista: Ainda em relação aos que acompanham ou já ouviram
falar das denúncias de corrupção da Petrobras, 75,7% tomaram conhecimento da
lista de políticos suspeitos que estariam envolvidos no esquema de desvio de
dinheiro. Entre os que acompanham ou já ouviram falar das denúncias e tomaram
conhecimento da lista, 90,1% acreditam que os nomes citados estão realmente
envolvidos no esquema de corrupção.
Punição: Entre os que acompanham ou ouviram falar das
denúncias de corrupção na Petrobras, 65,7% acreditam que os envolvidos no
esquema de desvio de dinheiro não serão punidos e 57,4% acreditam que o governo
federal não será capaz de combater a corrupção.
• ECONOMIA E INFLAÇÃO
92,8% estão preocupados com a situação econômica do país
hoje. Para 50,1%, o país está parado em relação à economia. 38,0% consideram
que está em retrocesso e 7,2% acham que está em desenvolvimento.
63,9% consideram que a inflação está alta. Para 29,2%, está
sem controle e 3,1% acham que está baixa. 91,2% disseram que já sentiram os
reflexos da inflação.
Preços (percentual de entrevistados que consideram que têm
aumentado)
Água e luz (97,4%), Alimento (95,9%), Transporte (91,2%),
Saúde (84,5%),
Controle da inflação
68,7% consideram que o compromisso de controle da inflação
não será mantido pelo governo federal.
• MEDIDAS CONTRA CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA
66,9% acreditam que as medidas tomadas atualmente pelo
governo federal não serão capazes de reverter a crise em que o país se
encontra.
Entre aqueles que acreditam que as medidas tomadas serão
capazes de reverter a crise, 51,0% consideram que os problemas serão resolvidos
em um longo prazo (3 a 4 anos).
82,9% avaliam que a presidente Dilma não está sabendo lidar com
a crise econômica. E para 49,5%, até o final do mandato a situação vai piorar.
Na avaliação de 63,9%, a atual situação econômica do Brasil é resultado,
principalmente, da corrupção. 26,5% consideram que é resultado da má gestão
pública.
Reforma política: 51,1% não estão acompanhando as discussões
sobre reforma política. 39,6% consideram que uma reforma política contribuirá,
em parte, para resolver vários problemas atuais do país, como a corrupção.
14,3% consideram que resolverá totalmente. Outros 33,2% avaliam que a reforma
política não resolverá os esses problemas.
Desafios: 50,6% acham que o maior desafio para o Brasil
envolve a corrupção. Os outros desafios foram citados nesses percentuais: saúde
(37,1%), economia (29,3%), educação (23,7%), segurança (20,2%), emprego
(13,9%), investimento em energia (5,4%), saneamento (2,7%).
Corte de gastos: para reduzir despesas e reequilibrar as
contas, sem onerar o cidadão, 43,8% consideram que deveria ocorrer uma reforma
política. 27,8% acham que o número de ministérios deve ser reduzido. Para 9,0%,
é necessário reduzir o número de funcionários terceirizados.
• CUSTO DE VIDA E EMPREGO
Para 68,6%, em 2015, o custo de vida vai aumentar. 77,2%
reduziram suas despesas por causa da situação econômica atual. 82,3% consideram
que o preço dos alimentos vai aumentar nos próximos 12 meses. Em relação aos
aumentos ocorridos no início do ano (energia, água, combustível), 61,1% avaliam
que foram desnecessários.
Itens que deverão ter mais peso nas contas pessoais dos próximos
12 meses, na avaliação dos entrevistados: alimentação (72,3%), saúde (33,5%),
transporte (29,6%), moradia (23,7%), educação (9,8%), lazer (9,0%).
Emprego: 43,4% têm medo de ficar desempregados.
• POLÍTICA E PROTESTOS
83,2% apoiam a realização de manifestações como forma de
protesto. 96,1% dos entrevistados não participaram de alguma manifestação no
último dia 15 contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
Impeachment: 59,7% disseram ser a favor de impeachment da presidente
Dilma Rousseff.
• PARALISAÇÃO DE CAMINHONEIROS
83,5% acompanharam as paralisações dos caminhoneiros,
ocorridas em fevereiro e março. 24,1% tiveram a rotina afetada pelas
paralisações. 65,6% consideram que as paralisações de caminhoneiros tiveram
impacto no preço ou na oferta de alimentos
• CRISE DE ÁGUA E ENERGIA
53,7% estão se esforçando muito e mudaram hábitos para
reduzir o consumo de água. 59,7% estão se esforçando muito e mudaram hábitos
para reduzir o consumo de energia.
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