Quer dizer então que o encontro de ontem no Palácio do
Planalto entre Dias Toffoli, Dilma, Mercadante e Cardozo, ontem, um dia depois
de Toffoli ter formalizada por Lewandowski a sua transferência para a 2ª turma
do STF, responsável pela Lava-Jato, foi apenas uma coincidência?
Gozado, mas vai ser coincidente assim na casa do cacete! Não
é que o tal pedido de audiência foi formalizado por Toffoli no dia 18 de dezembro
para tratar da sua proposta de criar o Registro Civil Nacional e, justo ontem, três
meses depois, com a agenda apertadíssima por causa de uma viagem ao Acre, Dilma
vai arranjar um “tempinho”?
E Mercadante? E Cardoso? Também arranjaram um tempinho, é
claro! É muita coincidência, não é mesmo? É tanta coincidência que até a “Agenda
da Senhora Presidenta da República” foi mudada às pressas, conforme informou O
Globo:
Este foi o primeiro compromisso do dia de Dilma e não estava
previsto até a noite de terça-feira, quando foi divulgada a agenda da
presidente. Sobre o fato de a agenda presidencial ter sido alterada apenas
algumas horas depois de ele ter se candidatado para integrar a turma que
julgará políticos da Lava-Jato, o ministro disse se tratar de coincidência.
“Agenda da Senhora Presidenta da República” |
Aí vem Dilma e diz, com toda a força do seu português
perfeito:
“Hoje era o dia que eu podia e ele podia. Eu podia, mas
quase que eu não podia, porque eu vinha para aqui (sic).”
É tanta coincidência que apenas por coincidência Toffoli foi
parar no STF em 23 de outubro de 2009, apesar de ter sido reprovado nas duas
vezes que prestou concurso para juiz substituto do Estado de São Paulo. É tanta
coincidência que, antes de ser ministro, Toffoli foi consultor jurídico do
Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da CUT, foi assessor jurídico da
liderança do PT, na Câmara dos Deputados, foi advogado do PT nas campanhas do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1998, 2002 e 2006, exerceu o cargo de
subchefe da área de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da
República, durante a gestão de José Dirceu e Advogado-Geral da União no governo
de Lula.
Deve ter sido também por coincidência que Toffoli inocentou João
Paulo Cunha da acusação de peculato e José Dirceu por compra de votos, no
julgamento do mensalão.
E, para finalizar, foram apenas coincidências os encontros íntimos
de Toffoli com a assessora do ex-deputado federal João Caldas, Christiane
Araújo de Oliveira, no período que antecedeu o mensalão, em troca de favores
com várias figuras envolvidas no caso. Segundo Christiane, na época em que Toffoli
era Advogado-Geral da União, os dois se encontravam em um apartamento de Durval
Barbosa, delator e membro do esquema de corrupção no Distrito Federal, onde
mantinham relações, e em uma ocasião Dias Toffoli teria solicitado um jato
oficial do Governo para transportá-la.
Por coincidência, eu vou repetir aqui o que já disse várias
vezes: vão enganar o cacete!
A cafajestagem é tanta que eles não estão nem aí se enganam ou não; a presunção da impunidade é tanta que devem pensar, quem pode nos impedir? Agora a minha pergunta: até quando?
ResponderExcluirE quem vai entrar no lugar deles?
Excluir(argento) ... "até quando?" - até que um poder Maior se estabeleça!, esqueça!, não virá da Massa descontente e Desalmada; a esta, cabe a "Nobre Tarefa" de bancar os prejuízos.
Excluir(argento) ... a boa notícia é que coincidências acontecem; a má notícia é que em alguns casos, escabrosos, a coincidência pode ser "Coincidenciada" ...
ResponderExcluir