Nada de novo. Semana passada, há um ano, há dois, há dez eu venho dizendo isso.
Fonte: Globo
O Brasil só está melhor que a Bolívia. Está atrás não apenas
dos países desenvolvidos, como da grande maioria de seus pares na América
Latina. Em 2013, a produtividade do trabalho no Brasil correspondia a 17,2%
daquela dos Estados Unidos, país considerado referência para o indicador. Na
comparação com o México, a relação era de 52,6%, com a Argentina ficava em
58,91% e com a Venezuela, 68%.
O indicador - da organização americana The Conference Board
e reunido pelo professor do Instituto de Economia da UFRJ João Saboia - reparte
o Produto Interno Bruto por pessoa ocupada. Ou seja, o tamanho da economia
dividido por seus trabalhadores. Aumenta-se a produtividade quando se produz mais
com a mesma quantidade de recursos - seja de máquinas e equipamentos ou
pessoas.
Em 2013, o PIB por pessoa ocupada era US$ 19.833 no Brasil,
alta de 11,9% frente a 2000, enquanto nos EUA a expansão foi de 19,33%. Na
Argentina, o crescimento foi menor que o brasileiro, 5,6%, mas no Peru foi bem
maior, de 56,5%. A Bolívia, na lanterna da América Latina, cresceu 16,4%.
A taxa de investimento - relação entre o montante aplicado e
o PIB - foi de 17,4% no terceiro trimestre de 2014, a pior para um terceiro
trimestre desde 2002. Em 2013, era de 18,2%. No México, a taxa era de 24,02% em
2013, enquanto no Peru é de 26,5%. No Uruguai, é de 20%, segundo o site
Economywatch.com.
A mudança no perfil da economia também influencia. A
participação do setor de serviços tem avançado: passou de 66,7% em 2000 para
69,3% em 2013, segundo o IBGE. Já a fatia da indústria caiu de 27,7% para 25%.
A qualidade da educação é vista como outro entrave para a
produtividade, apesar do avanço da escolarização. Dados da Pesquisa Mensal de
Emprego do IBGE mostram que a parcela da população ocupada com 11 anos ou mais
de estudo saltou de 53,5% em 2003 para 68,7% em 2014.
A fórmula é simples: total produzido dividido pela quantidade de trabalhadores. Acontece que no Brasil, trabalhador é confundido com empregado (pessoa que tem emprego). As pessoas costumam lembrar logo dos funcionários públicos como exemplo de pessoa que tem emprego mas não trabalha. O raciocínio é falho e injusto, eu conheço MUITOS funcionários públicos que são trabalhadores dedicados e competentes, trabalhei como empregado em empresas privadas e prestei consultoria e assessoria em informática por 20 anos. Posso dizer sem medo de errar que o percentual de empregados que não trabalham no setor público é semelhante ao percentual do setor privado.
ResponderExcluirNo setor privado a situação é mais perversa, trabalhadores incompetentes estão sempre tentando puxar o tapete dos competentes e se unem para evitar que a competência apareça.
Tive uma experiência interessante trabalhando numa imobiliária. Eu trabalhava no setor de vendas, estava sempre com o trabalho em dia e tinha tempo livre para ler jornal e dar umas saídas para comprar revistas, livros ou discos. Nunca recebi uma só reclamação por estar com o serviço atrasado.
Frequentemente recebia reclamações por não ajudar o pessoal da locação que estava com os contratos atrasados. Frequentemente eu pegava metade dos contratos e preenchia todos em no máximo 1 dia. O setor de locação tinha contratado duas pessoas (há muito tempo) exatamente para não deixar os contratos atrasados, enquanto eu fazia metade do trabalho atrasado elas juntas faziam exatamente NENHUM.
Perdi a conta de quantos casos semelhantes eu presenciei prestando serviços de informática. Mas tem um que eu não presenciei e merece ser lembrado. Um empresário conhecido meu, que não era meu cliente, comentou que tinha contratado uma consultoria para solucionar alguns problemas, a consultoria disse que a empresa deveria demitir um funcionário que era muito amigo dele e do sócio. Tentando justificar a permanência do amigo na empresa, recebeu a seguinte orientação do consultor: então pague para ele ficar em casa e coloque alguém para fazer o trabalho.
Depois do enorme comentário anterior, vou dar um exemplo nacional de "trabalhadores". O governo Lula/PT negou a extradição do Terrorista Batisti. UMA só pessoa (juíza) mostrou por A + B que o terrorista não tem direito a visto de permanência no Brasil. O terrorista não precisa ser extraditado, só precisa sair do Brasil, para onde ele vai não faz a menor diferença.
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