quinta-feira, 30 de outubro de 2014

No país do faz-de-conta, faz de conta que a inflação é de 6,75% ao ano e que o cheque especial (183% ao ano) não é usado por nenhum dos seus habitantes...

Estadão:

Alta da taxa do cheque especial vai na contramão das demais modalidades de crédito

O juro médio cobrado no cheque especial ao consumidor chegou a 183,2% ao ano em setembro. Isso significa uma elevação de 10 pontos porcentuais ante agosto, quando ficou em 172,8%.

O cheque especial é a modalidade mais cara disponível para empréstimo. Muitas vezes o consumidor não percebe que está pagando os altos juros, pois o banco aciona o limite pré-aprovado de cheque especial automaticamente quando a conta fica no vermelho.

O juro médio do cheque especial em setembro foi o maior já registrado desde abril de 1999, quando marcava 193,6% ao ano. Naquela época, a taxa Selic, que é usada como referência para a definição dos demais juros ofertados no mercado, estava em 34% ao ano. Maior que a Selic do mês passado, de 11% ao ano.

Já a inadimplência do cheque especial subiu de 10% para 10,3% no período, ou seja, 0,3 ponto porcentual. Considerando todas as modalidade de empréstimo do crédito para o consumidor, a inadimplência se manteve em 6,6% em setembro.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Banco Central (BC). Vale lembrar são informações referentes ao mês de setembro. Ou seja, antes da reunião de ontem, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC surpreendeu o mercado ao elevar a taxa básica de juros de 11% ao ano para 11,25% ao ano, na tentativa de conter a escalada da inflação.

Na contramão. A alta da taxa do cheque especial vai na contramão das demais modalidades de crédito, que registraram queda.

A taxa média de juros no crédito livre caiu de 32,2% ao ano em agosto para 31,9% ao ano em setembro. Para pessoa física, passou de 43,1% ao ano para 42,8% ao ano. Já na pessoa jurídica, ficou estável em 22,8% ao ano.

No crédito pessoal, o juro médio caiu de 45,4% ao ano para 44,3% ao ano. Para a compra de veículos pelos consumidores, os juros passaram de 23,2% em agosto para 22,8% em setembro.

O crédito livre engloba todos os empréstimos e financiamentos que não fazem parte das políticas do governo (como os recursos da poupança, que são direcionados ao crédito imobiliário). O crédito livre considera o cartão de crédito, o cheque especial, o crédito para compra de veículos, os empréstimos pessoais, entre outros.

Assim, considerando também as operações direcionadas, como o crédito imobiliário e agrícola, a taxa média de juros total caiu de 21,1% ao ano em agosto para 21,0% ao ano em setembro. E o juro médio do crédito direcionado passou de 8,0% ao ano para 8,1% ao ano na mesma comparação. (Com informações da Agência Estado)

Um comentário:

  1. Ricardo, vamos fazer de conta que existe governo no Brasil. Veja a manchete do UOL: Planalto tenta negociar com aliados. Capturei a tela por que as manchetes mudam.
    https://dl.dropboxusercontent.com/u/94552853/Planalto_Tenta_Negociar_com_Aliados.pdf

    A reportagem é esta:
    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1540720-governo-pede-que-camara-defina-prioridades-para-votacao.shtml

    Agora vamos à lógica: negociar com aliados é uma contradição, pois se são aliados é porque existe apoio mútuo, mas o planalto consegue ir além disso, ele TENTA negociar. Os aliados são tão aliados que nem mesmo a possibilidade de negociação está definida, é necessário fazer TENTATIVAS de negociação.

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