sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Depois das vigas da Perimetral, 54 trens somem no Rio. Odebrecht? David Copperfield?

Que vergonha! O pior é que os (ir)responsáveis pela coisa não estão nem aí! Gente vagabunda!

O sumiço foi noticiado no dia 2 de outubro e, até agora, nada! Será que contrataram o David Copperfield?

Do Radar Online

Mais um mistério envolvendo o desaparecimento de toneladas de aço ronda o Rio de Janeiro. Um relatório concluído no mês passado por técnicos da Secretaria de Transportes do governo revela que um lote de cinquenta e quatro carros de trens antigos – substituídos por novos – não foi encontrado no patrimônio do próprio estado ou da Supervia, concessionária responsável pela malha ferroviária fluminense. Quando um vagão é trocado, o contrato de concessão prevê um leilão da composição e o repasse do dinheiro arrecadado para os cofres públicos. É o segundo caso deste tipo que vem à tona em menos de um ano – em outubro, sumiram sem qualquer explicação seis vigas de aço que eram do elevado do Perimetral, demolido para a revitalização da Zona Portuária da cidade.

A venda de vagões velhos poderia ser revertida em uma bolada para o governo fluminense. Para ilustrar o prejuízo, o documento feito por quatro técnicos da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) relembra um leilão feito em 2005 de 83 carros que levantou 60,3 milhões de reais. Os vagões que sumiram, segundo o relatório, são da série 800 e entraram em circulação comercial entre 1980 e 1984. Os carros foram trocados por novos entre os governos de Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral.

O desaparecimento das vigas e dos trens tem uma personagem em comum, a Odebrecht. A empreiteira tem o controle da Supervia desde 2011 e é uma das sócias do Consórcio Porto Maravilha, responsável pela demolição da perimetral no ano passado. Avaliadas em 14 milhões de reais, as seis vigas da perimetral tinham cada uma 40 metros de comprimento e pesavam cerca de 20 toneladas. A prefeitura do Rio também faturaria com o leilão das vigas. Um inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro aberto no ano passado já ouviu dezenas de pessoas, mas não conseguiu avançar um milímetro na solução do caso. Em breve, mais trens vão virar sucata pronta para entrar em leilão. O governo do Rio de Janeiro fechou acordo para a compra de 60 novos trens para a rede ferroviária – alguns, inclusive, já estão em circulação ou fase de testes.

Em meio a colisões de trens, agressões a passageiros e problemas operacionais, a Supervia foi agraciada com uma série de benefícios durante o mandato de Cabral. Há quatro anos, o governo do Rio renovou a concessão para a operação do sistema ferroviário até 2048. Além disso, a empresa ganhou sem licitação o direito de explorar o teleférico do Complexo do Alemão – que gera um lucro de 13 milhões de reais ao ano. As boas relações entre Supervia e o governo coincidiram com a contratação de Adriana Ancelmo, esposa de Sérgio Cabral, para advogar pela concessionária em causas trabalhistas.

Respostas - Procurados, o governo do Rio de Janeiro e a Supervia deram respostas evasivas aos questionamentos do relatório. A concessionária informa que “todos os bens patrimoniais recebidos pela concessionária estão regularizados”. Já a assessoria do governo, depois de dois dias, não deu nenhuma explicação para as denúncias do relatório produzido pelos seus técnicos.

A Central entrou em contato após a publicação da reportagem e negou a informação de que existam carros desaparecidos. Em nota, o órgão afirma: "Na verdade, um lote de 108 carros deteriorados foram objeto de ação judicial movida pelo governo do Estado contra a Supervia em 2007, o que resultou no reconhecimento, por parte da concessionária, de um débito de 96 milhões de reais. Esse valor faz parte do conjunto de investimentos que estão sendo executados pela SuperVia. Cabe informar que o documento citado por VEJA contém assinaturas não reconhecidas pelos funcionários, o que já está sendo objeto de apuração administrativa do órgão".

VEJA mantém a informação de que o relatório está inserido em um processo administrativo que corre desde 2013 na Central. Enquanto ninguém esclarece nada, resta acreditar que uma espécie de mágico do aço está atuando no Rio de Janeiro desaparecendo com vigas e trens.

Continua o mistério sobre onde foram parar 54 trens da Supervia, concessionária ferroviária fluminense, revelado no início do mês por VEJA.

Os carros – substituídos por novos – não foram encontrados no patrimônio do próprio Estado ou da Supervia. Quando um vagão é trocado, o contrato de concessão prevê um leilão da composição e o repasse do dinheiro arrecadado para os cofres públicos.

Um relatório assinado pelo técnico do governo do Rio de Janeiro Wagner Ribeiro de Oliveira atestava o problema. Depois que entregou o documento a VEJA, Wagner – acompanhado de outros técnicos – depôs na polícia e negou que tivesse feito o relatório.

Por não leiloar os trens? No passado, inicialmente a Supervia reconheceu um débito de 96 milhões de reais. Depois, foi a vez do governo abater o mesmo valor de desequilíbrio econômico financeiro no contrato do mesmo valor. Ou seja, as partes se acertaram e os trens continuam desaparecidos.

2 comentários:

  1. Já procuraram na geladeira?
    É incrível as coisas que as pessoas colocam na geladeira, muitas vezes sem perceber...

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  2. (argento) ... imagina se fossem de cobre (copper) ... se o povo soubesse o quê Aparece nas fazendas ...

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