Nunca fui lá muito fã do Carlos Chagas, um cara meio
dissimulado, com ar pedante, que se esforça para aparecer bem na foto para todo
mundo, mas que, no frigir dos ovos, sempre foi mais um do lado de lá, além de
não ser lá grande coisa como jornalista ou comentarista político. Só que agora ele extrapolou. Leiam um
trecho do texto dele que saiu na Tribuna:
“Que tal se, para começar, virássemos as costas para o
próximo dia 26? Não participar da farsa, ficar em casa e não votar seria um bom
começo. Da mesma forma, antes, negar atenção e apoio aos dois candidatos, quer
dizer, não fazer caso de suas falsas promessas e engodos espalhados na
campanha. Caso o país, em maioria, rejeitasse pronunciar-se sobre a pantomima
que se aproxima, estaria sendo dado um sinal da ânsia popular por verdadeiras
mudanças. Alguma coisa aconteceria na hipótese de a soma das abstenções e votos
em branco ou nulos superassem os votos nos candidatos. Um novo começo, a
obrigar as instituições ainda vigentes a reciclar-se, a atender os reclamos
contra o vazio em que nos encontramos.”
Só pode ser demência senil de um marineiro frustrado ou de um
dilmista sem esperança. Primeiro que ele deixa no ar uma dúvida que sabe muito
bem não existir legalmente: a hipótese de a soma das abstenções e votos em
branco ou nulos superarem os votos nos candidatos causarem algum tipo de impedimento. Chagas sabe de trás para
frente que isso não altera em nada o resultado da eleição, já que a maioria
absoluta é calculada sobre os votos válidos, que são justamente todos, menos as
abstenções, os branco e os nulos.
Segundo, se ele está pensando que isso vai gerar “um novo começo” e obrigar as instituições a reciclar-se, é bom que ele tome uns remedinhos fortes para poder raciocinar que, se um presidente vai ser eleito de qualquer maneira, quanto mais votos válidos ele tiver, maior será a sua legitimidade, o que serve, entre outras coisas para fortalecer seu mandato. Tanto Dilma quanto Aécio, se eleitos, vão precisar muito disso. Fora o fato que esperar que as instituições tomem iniciativas, ainda mais sob um governo com pouca legitimidade tendo um Estado caótico como herança, é muita inocência para um burro velho como Chagas. Aí mesmo que eles vão completar a farra!
Segundo, se ele está pensando que isso vai gerar “um novo começo” e obrigar as instituições a reciclar-se, é bom que ele tome uns remedinhos fortes para poder raciocinar que, se um presidente vai ser eleito de qualquer maneira, quanto mais votos válidos ele tiver, maior será a sua legitimidade, o que serve, entre outras coisas para fortalecer seu mandato. Tanto Dilma quanto Aécio, se eleitos, vão precisar muito disso. Fora o fato que esperar que as instituições tomem iniciativas, ainda mais sob um governo com pouca legitimidade tendo um Estado caótico como herança, é muita inocência para um burro velho como Chagas. Aí mesmo que eles vão completar a farra!
Quanto à teoria, recomendar a um povo que ainda está
aprendendo e apreendendo a democracia que inutilize seu voto é colaborar com a
ignorância, que já não é pouca.
Carlos Chagas bem que podia se aposentar...
Ricardo,
ResponderExcluirSão meio dia e trinta e sete minutos. A essa altura o Chagas já verteu quase um litro de Johnny Walker Red...
O cara é chegado ao exagero?
ExcluirNão é demência nem senilidade, é CAMPANHA para o PT, que seria beneficiado com o moveimtno "não vá votar contra a Dilma".
ResponderExcluirSe a eleição fosse entre Dilma e Marina, você não defenderia o voto nulo? Como já defendeu quando a Marina ia bem nas pesquisas no 1 turno?
ResponderExcluirNão sei. Como mudei de ideia em relação à eleição no Rio, provavelmente votaria em Marina. Mas, como não aconteceu, como saber?
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