segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O PT é o nosso “Fantasma da Liberdade”, Lula e Dilma são O Bêbado e a Equilibrista

O Brasil do PT é, certamente, o país em que Buñuel, de maneira profética, inspirou-se para realizar, em 1974, seu “Fantasma da Liberdade”. O filme queria mostrar como estávamos submetidos às convenções e aos valores da sociedade na qual vivia-se há 40 anos. Como bom comunista, Buñuel criticava ferozmente os propagadores destes valores: a burguesia e a Igreja Católica.  Um dos artifícios usados por ele no filme foi a inversão de valores, como a insólita cena do “jantar”, na qual uma família supostamente burguesa senta-se ao redor da mesa, mas em vez de cadeiras, sentam-se em latrinas e fazem ali mesmo suas necessidades fisiológicas, enquanto um dos presentes pede licença, vai ao “banheiro”, tranca-se e traça um prato de comida.

Com a ascensão do PT ao poder houve exatamente isso: as convenções do que é privado e o que é público, do que é certo e o que é errado mudaram completamente. Agora evacua-se à mesa sem o menor pudor.

Não foi à toa que Lula, de passagem pelo Pará - para ajudar a candidatura a governador do filho de Jader Barbalho - acusou Aécio Neves - pasmem - de beber, o que foi repetido por Dilma Roussef no debate do SBT e, mais histericamente, por Lula, de novo, sábado em Belzonte.

Em mais uma lembrança artística, Aldir Blanc e João Bosco também nos brindaram com um título profético de uma obra magnífica, O Bêbado e a Equilibrista: enquanto um desequilibrado pelo álcool desanda a dizer sandices, a outra tenta se equilibrar no poder através das mesmas sandices.

Só para refrescar a memória, em maio de 2004, The New York Times publicou o perfil de Lula escrito por Larry Rohter, seu correspondente no Brasil, o que teria lhe valido uma expulsão do país por um trêbado presidente da República, se não houvessem usado panos quentes e, provavelmente, Engov, para curar a ressaca do emputecido apedeuta.

Lá vai:

Alcoolismo do líder brasileiro torna-se preocupação nacional

Luiz Inácio Lula da Silva nunca escondeu sua predileção por um copo de cerveja, uma dose de uísque ou, melhor ainda, um gole de cachaça, bebida potente de cana-de-açúcar no Brasil. Mas alguns de seus conterrâneos começaram a se perguntar se a predileção do presidente por bebidas fortes está afetando sua performance no cargo.

Nos últimos meses, o governo de esquerda de Lula tem sido atacado por uma crise após a outra, variando de um escândalo de corrupção ao fracasso de programas sociais cruciais. O presidente manteve-se muitas vezes fora dos olhos do público e deixado seus assessores para fazer a maior parte do trabalho pesado. Isto tem provocado especulação de que seu aparente desengajamento e passividade podem de alguma forma estar relacionados com seu apetite por álcool. Seus partidários, no entanto, negam relatos nesse sentido.

Apesar de os líderes políticos e jornalistas estarem cada vez mais falando entre eles sobre o consumo de cachaça por Lula, poucos estão dispostos a expressar seus receios publicamente sobre o registro. Uma exceção é Leonel Brizola, o líder do Partido Democrático Trabalhista de esquerda, que foi companheiro de chapa de Lula na eleição de 1998, mas agora teme que o presidente esteja “destruindo os neurônios em seu cérebro.”

“Quando eu era candidato a vice-presidente de Lula, ele bebia muito”, disse Brizola em um discurso recente. “Eu alertei que bebidas destiladas são perigosas. Mas ele não me ouviu, e de acordo com o que é dito, continua a beber”.

Durante uma entrevista no Rio de Janeiro, em meados de abril, Brizola contou sobre as preocupações que expressou a Lula, mas que foi ignorado. “Eu lhe disse: ‘Lula, eu sou seu amigo e camarada, você tem que pegar essa coisa e controlá-la’”, lembrou.

“Não, não há perigo, eu tenho tudo sob controle”, disse Brizola, imitando a voz rouca do presidente, e lembrando da resposta de Lula em seguida. “Ele resistiu, e ele é resistente”, continuou o Sr. Brizola. “Mas ele tinha um problema. Se eu bebesse como ele, eu estaria frito.”

Os porta-vozes de Lula recusaram-se a discutir hábitos de beber do presidente, dizendo que não dariam a acusações infundadas uma resposta formal. Em uma breve mensagem de e-mail respondendo a um pedido de comentário, eles consideraram a especulação de que ele bebe em excesso como “uma mistura de preconceito, desinformação e má-fé.”

Lula, um ex-torneiro mecânico de 58 anos de idade, mostrou-se um homem de apetites e impulsos fortes, o que contribui para seu apelo popular. Com uma mistura de simpatia e divertimento, os brasileiros assistiram seus esforços para tentar não fumar em público, seus flertes em eventos públicos com atrizes e a sua contínua batalha para evitar os alimentos gordurosos.

Além de Brizola, líderes políticos e os meios de comunicação parecem preferir insinuações, mas o fazem com prazer. Sempre que possível, a imprensa brasileira publica fotos do presidente com olhos turvos e rosto corado, e constantemente faz referências tanto aos churrascos de fim de semana na residência presidencial, nos quais a bebida corre solta, e aos eventos de Estado em que Lula nunca parece sem uma bebida na mão.

“Eu tenho um conselho para Lula,” escreveu o provocador colunista Diogo Mainardi no final de março na Veja. Pare de beber em público”, aconselhou, acrescentando que o presidente tornou-se o maior garoto-propaganda das indústrias de bebidas, “com seu consumo explícito de álcool”.

Uma semana depois, a mesma revista publicou uma carta de um leitor preocupado com o “alcoolismo de Lula” e seu efeito sobre a capacidade do presidente de governar. Apesar de alguns sites estarem reclamando há meses de “nosso presidente alcoólatra”, foi a primeira vez que a imprensa nacional de peso referiu-se a Lula dessa forma.

Historicamente, os brasileiros têm motivos para se preocupar, a qualquer sinal de bebedeira por seus presidentes. Jânio Quadros, eleito em 1960, era um notório consumidor de bebidas que disse certa vez: “Eu bebo porque é líquido”; Sua renúncia inesperada, depois de menos de um ano no cargo durante o que dizem ser uma maratona de bebedeira, iniciou um período de instabilidade política que levou a um golpe de Estado em 1964 e 20 anos de dura ditadura militar.

Querendo ou não Lula realmente tem um problema com a bebida, e a questão penetrou na consciência popular tornando-se motivo de piada. Quando o governo gastou 56 milhões de dólares no início deste ano para comprar um novo avião presidencial, por exemplo, o colunista Cláudio Humberto, uma espécie de Matt Drudge da política brasileira, patrocinou um concurso para dar um apelido para a aeronave.

Um dos vencedores, lembrando que o avião do presidente dos Estados Unidos é chamado de Air Force One, sugeriu que o avião de Lula deveria ser designado “Pirassununga 51”, que é o nome da marca mais popular de cachaça. Outra sugestão foi “movido a álcool”, uma brincadeira com o plano do governo para incentivar carros para utilizar o etanol como combustível.

3 comentários:

  1. Vocês são anti-petistas ou tem alguma filiação partidária?
    Já leram algo a respeito sobre o salário mínimo antes de 2003, hoje em R$ 724,00?
    E antes desse "bêbado", qual era o valor de mercado da nossa maior empresa, a Petrobrás S.A?
    Antes de qualquer crítica vale a comparação.
    Cabe uma outra pergunta.A corrupção será extinta algum dia neste Brasil?

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    1. Vocês é muita gente, Alex. mas eu sou antipetista convicto, aliás,eu sou anti qualquer quadrilha, Nem as de São João eu gosto.

      Quanto á sua alusão ao "salário mínimo", eu pergunto: se não temos saúde e temos que pagar planos privados; se não temos transportes decentes; se não temos segurança; se não temos educação e temos que pagar escolas particulares; se temos inflação fora de controle; se não temos Justiça gratuita decente e se não temos o menor respeito do executivo e do legislativo, de que adianta termos R$ 724,00 de salário, se ele é consumido pelo inchaço da máquina pública com os apaniguados do PT e, principalmente pelo assalto dos petralhas aos cofres públicos, qual é a vantagem, se o poder de compra é zero?

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    2. Uma outra coisa, Alex: o que tem a ver seu comentário com o alcolismo de Lula?

      Quanto à corrupção, ela só vai ser extinta quando morrer o último ser humano. No entanto, ela pode ser amenizada em um país, em primeiro lugar se o governo não for seu principal alimentador; em segundo, se um governo considerar a educação como primordial e, last, but not least, se houver prevenção e repressão efetivas, mas não o que o PT faz, dando todos os maus exemplos possíveis e deixa de fazer, não cortando a própria carne, entregando os corruptos em vez de aliciar e intimidar a Justiça.

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