sexta-feira, 3 de junho de 2016

Nada escapa da rapinagem dos petralhas: Dilma levou até teleprompter

Na conta da Petrobras

Merval Pereira

Já existem documentos em posse da Procuradoria-Geral da República que revelam que a presidente afastada, Dilma Rousseff, tinha conhecimento do teor das negociações envolvendo interesses políticos na compra da refinaria de Pasadena, antes da reunião do Conselho de Administração da Petrobras que aprovou o negócio.

Os envolvidos na venda de Pasadena trocavam mensagens em uma rede de e-mails do Gmail que não era rastreável, pois as mensagens ficavam sempre numa nuvem de dados, sem serem enviadas. Numa dessas mensagens, na véspera da reunião decisiva, há a informação de que “a ministra” já estava ciente dos arranjos dos advogados.

Em outras mensagens, há informações sobre pagamentos de itens pessoais da presidente pelo esquema montado na Petrobras, como o cabeleireiro Celso Kamura, que viajava para Brasília às custas do grupo. Cada ida de Kamura custava R$ 5 mil. Há também indicações de que um teleprompter especial foi comprado para Dilma sem ser através de meios oficiais, para escapar da burocracia da aquisição.

O pedido do advogado da presidente afastada para incluir no processo do impeachment em curso no Senado os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado é um tiro no pé da defesa, pois amplia o escopo das acusações para incluir a Lava-Jato. O relator, o tucano Antonio Anastasia, fez um favor a José Eduardo Cardozo recusando o pedido, pois ele poderia fazer com que a bancada do atual governo levasse para o processo gravações de Lula com o mesmo objetivo de cercear as investigações da Lava-Jato.

Na reunião da comissão do impeachment ontem, essas gravações de Lula já apareceram nos debates e, se o escopo da denúncia fosse ampliado, poderiam entrar as contas de 2014 e as denúncias do ex-senador Delcídio Amaral sobre tentativas da própria Dilma Rousseff de libertar empreiteiros presos.

A nomeação do ministro Marcelo Navarro para o STJ, com o objetivo de libertar Marcelo Odebrecht, foi confirmada pelo próprio nas tratativas para sua delação premiada, dando veracidade ao relato de Delcídio.

Está claro, com a tentativa de anexar aos autos as gravações de Sérgio Machado sobre a Lava-Jato, a vontade de limitar a acusação às pedaladas de 2015 e aos decretos não autorizados pelo Congresso para dificultar a acusação e o desejo de ampliar o raio de ação da defesa para dar ares de verdade à acusação de golpe.


Se o chamado conjunto da obra do governo Dilma entrasse na roda do julgamento, com todas as acusações que estão sendo reveladas agora, não haveria como defender a presidente afastada.

6 comentários:

  1. (argento) ... lido no Estadão: Ministro da "Transparência" é cético sobre LavaJato e diz que partidos são Balcão de Negócios ( grifo meu);, FIFA, em 5 anos, Blatter e mais dois dividiram 284 milhões de reais; Marqueteiro de Dilma e Lula será alvo de nova denúncia na LavaJato ...

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  2. (argento) ... bão, o "ceticismo" do Ministro da "Transparência", acho, é justificavel, uma vez que, na delação premiada do ex deputado do PP, Pedro Corrêa, condenado pelos Mensalão e Lava Jato, aponta que Lula foi o Articulador da corrupção na Petrossauro e mais, aponta ao menos 18, entre os envolvidos estão, deputados, senadores, ministro do TCU, ex ministros e ex presidentes, em 72 anexos à PGR; relata ainda, que recebeu recursos ilícitos ao longo de sua carreira desde os anos 70, quando os recebia de contratos com o "falecido" INAMPS - é, a "KOISA" é muito maior do que sonhamos em nossa Ignorância Cultivada ... (fontes: Veja, Estadão)

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    1. (argento) ... para os que defendem a tese do "içamento" ou promoção dos miseráveis à "classe média", as pesquisas econômicas apontam quase UM milhão de famílias desceram ladeira abaixo; bão, quando ao que se relatam as "pesquisas", pode-se asseverar que o número real é muitíssimo maior ...

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  3. (argento) ... hoje, o acesso ao TMU, se dá pelo "computador" de um neto (Positivo Mobo S7), distribuido "digrátis" faz tempão pelo guverno (projeto de inclusão digital), encostado, faz tempão, por queima da fonte de alimentação, cujo contrato previa a manutenção "digratis"; acontece que o contrato de manutenção foi rompido e o MoBo Positivo foi abandonado aqui na caverna e pela totalidade dos "beneficiários" do "projeto". Faz tempão, o "projeto MoBo" (de inclusão digital) foi abandonado.

    Foi abandonado mas custou aos "Contribuintes" uma Grana Preta sob a "Motivação" criada pela Propaganda Institucional, deixando cada "aluno" da rede pública sem a tal de "inclusão digital" e com um Lixo Industrial altamente poluente ao meio ambiente.

    http://www.marica.rj.gov.br/?s=noticia&n=1576

    ... bão, acredito que só o "projeto de "inclusão digital", no BraZiu, tenha jogado fora o equivalente a Um INPS ...

    ... quando se fala de Golpe, não nos damos conta de quantos GOLPES levamos todos os dias, nós "contribuintes" de Impostos, para manter no "guverno" uma Elite Corrupta padrão BraZiu ...

    ... cumpre destacar que Golpes contra o "contribuinte" não só partem, diretamente, do "guverno"; se nos dessemos conta do que se paga por uma TV por assinatura, no BraZiu, constataríamos que custa, marromeno, a compra de Uma "TV diPrasma" por ano ...

    ... do MOBO S7, para o TMU, o "desabafo" de um BOBO, enquanto vivo, "Contribuínte" ...

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    1. (argento) ... pra quem não faz ideia do "computador" MOBO S7, Positivo:

      https://www.walmart.com.br/netbook-positivo-mobo-kids-com-intel-atom-1gb-4gb-lcd-7-linux/2110840/pr

      ... esta "máquina" transferiu grana do "contribuinte" para o cofre privado da Positivo Informática que, salvo engano, hoje pertence à Multinacional "HP" ...

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    2. Digital significa relativo aos dígitos, mas também é relativo aos dedos, pois digitar no computador é a aplicação dos dedos no teclado. Outrora, usar os dedos para escrever em uma máquina era datilografia, eu tenho um certificado.

      Desta forma, quando o governo fala em inclusão digital, é recomendável observar o que será incluído e onde será incluído. Neste caso eu entendo que os dedos foram incluídos em lugar cuja minha elegância recomenda não mencionar.

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