Posso até acreditar que João Vaccari não ficou com um tostão
dos pixulécos milionários que arrecadou para o PT na Petrobras. Mas isso não
faz dele um guerreiro do povo brasileiro e nem é atenuante para seus crimes; é
agravante.
Em países civilizados, de maior tradição jurídica do que o
Brasil, como a Itália, a Alemanha e a Inglaterra, a motivação política é um
agravante dos crimes, aumenta a pena. Porque o produto do roubo servirá para
fraudar processos legais, para atentar contra as instituições democráticas,
para prejudicar adversários políticos, e terá consequências na vida de todos os
cidadãos que tiveram seus direitos lesados em favor de um plano de poder de um
partido.
O ladrão em causa própria dá prejuízos pontuais a pessoas
físicas ou jurídicas. O que usa o dinheiro sujo para fraudar o processo
eleitoral e manipular a vontade popular, para corromper parlamentares e juízes,
para impor o seu projeto político, causa irreparáveis prejuízos a todos porque
desmoraliza a democracia, institucionaliza a impunidade e interfere — sejam lá
quais forem as suas intenções — de forma decisiva e abusiva nos direitos e na
vida dos cidadãos que sustentam o Estado.
Uma das mais nefastas heranças do PT no poder foi a
institucionalização — e absolvição — do roubo com motivações políticas, com
mensaleiros e tesoureiros corruptos ovacionados como guerreiros e heróis pela
militância cega, surda e bem empregada. Por essa ética peculiar, em nome da
“causa popular” vale tudo, extorsão, suborno, lavagem de dinheiro, formação de
quadrilha, agir como uma máfia para destruir os adversários e se eternizar no
poder. Em nome do povo, é claro…
(argento) ... manda bem, quando (enquanto) não tem algumas recaídas! ...
ResponderExcluirEm tempos de grave crise institucional, vou aproveitar para fazer uma pergunta retórica sobre o funcionamento de uma CPI. Para implantar uma CPI é necessário uma quantidade mínima de assinaturas, mas os cargos na CPI são ocupados de acordo com a bancada dos partidos. Ocorre que um partido que não teve nenhuma assinatura no requerimento pode ficar com a presidência e/ou relatoria da CPI.
ResponderExcluirA pergunta retórica é: por que alguém que não mostrou interesse na CPI tem o direito de ocupar cargo?