“Não quero o poder pelo poder. Quero o poder para servir. Eu
estava desenvolvendo vários projetos e lamento ter que parar.”
Siro Darlan de Oliveira, ao saber da sua dispensa - para o
bem da sociedade - do cargo de coordenador da Comissão Judiciária de
Articulação das Varas da Infância e Juventude e Idoso, antes que ele pusesse em
prática seus novos “vários projetos”.
Um sujeito que saúda Guevara em seu blog tem moral para ocupar algum cargo no Judiciário?
Para quem não sabe ou não se lembra, no dia 19 de abril de
2013, o desembargador Siro Darlan de Oliveira, da 7ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Rio concedeu habeas corpus a sete dos nove envolvidos na
invasão ao Hotel Intercontinental, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, em
agosto de 2010, quando o bando armado com fuzis, pistolas e granadas manteve 35
reféns, entre funcionários e hóspedes, por três horas. Na ocasião, uma pessoa
morreu e seis ficaram feridas. Detalhe: eles foram condenados à prisão com
penas superiores a 14 anos. Segundo o jornalista Claudio Humberto, um informe
da Inteligência da Polícia Civil ligou um luxuoso apartamento na zona sul do
Rio de Janeiro à libertação dos traficantes. Acrescente-se que Darlan já tinha
determinado a soltura do mesmo bando em dezembro de 2011, mas deu com os burros
n’água.
A mais recente proeza de Darlan foi a suspensão, no dia 18
de maio, do processo contra 23 ativistas acusados de associação criminosa e
atos violentos em protestos de 2013 e 2014. O processo foi suspenso por Siro
Darlan devido a uma acusação de corrupção de menores usada nas alegações finais
pela promotoria, que citou ainda a associação criminosa e o uso de armas. Lembrando
que em 24 de julho de 2014, o desembargador já havia concedido habeas corpus
para os 23 ativistas que tiveram prisão preventiva decretada no dia 18 e, na
saída do complexo penitenciário de Bangu, três ativistas acusados de atos
violentos em protestos - Elisa Quadros Sanzi, a Sininho; a coordenadora do
programa de pós-graduação em filosofia da Uerj, Camila Jourdan; e Igor
D’Icarahy - deixaram a cadeia cercados por 30 manifestantes que aguardavam do
lado de fora agredindo jornalistas que acompanhavam a soltura dos suspeitos,
não sem antes deixar ferido um cinegrafista do SBT no tumulto que se criou.
Aliás, Darlan é um velho conhecido no Tribunal de Justiça
por suas decisões polêmicas, para não dizer absurdas ou esdrúxulas. Nesse rol,
destacam-se até medidas que viraram motivo de piada, como a ocasião em que ele
determinou que a região glútea da dançarina Carla Perez fosse coberta por
tarjas pretas num outdoor de uma revista masculina, quando Proibiu a
participação de menores na novela Laços de Família, quando advertiu a atriz
Alessandra Negrini por ter posado no papel de prostituta para a revista Playboy
e quando proibiu o desfile de modelos menores de idade que não comprovaram
estar estudando.
Sem contar que é um dos “padrinhos” do ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente), uma aberração cujo texto contém, se não me engano,
40 vezes a palavra “direito” e apenas duas vezes a palavra “dever”.
Já não era sem tempo. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio do Janeiro, Luiz
Fernando de Carvalho, dispensou, por meio de carta, o desembargador Siro Darlan
do cargo de coordenador da Comissão Judiciária de Articulação das Varas da
Infância e Juventude e Idoso, função que assumiu há quatro meses. No documento,
o presidente do TJ aponta como motivo “conduta reveladora de incompatibilidade
de sua (Siro Darlan) parte com a orientação, pensamento e filosofia de trabalho
da administração, esta última baseada na uniformidade do sentido de suas ações,
na coesão e harmonia de esforços e, ainda, na intrínseca lealdade que,
inafastavelmente, deve nortear sua coerência”, diz um trecho da carta.
(argento) ... Boas Novas!!! - já não era sem tempo - se revogarem o ECA e suas Consequências Nefastas, cai a onda da "menoridade criminal" ...
ResponderExcluir(argento) ... aprendi, trabalhando em uma "para-estatal", que a elite que administra contraria a Lei da Gravidade, isto é, não cai para baixo - periga que Siro Darlan ocupe posto, estratégico, no STJ ...
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