A Veja selecionou alguns projetos de lei de senadores e deputados federais dignos de uma latrina com descarga potente o suficiente para processar tanta merda. E olha que a revista não se deu ao trabalho de procurar muito, porque há coisas muito mais escabrosas.
Entre os citados, destaco o do ex-senador Jorge Afonso Argello (PTB-DF), que inclui pastores e autoridades eclesiásticas no programa habitacional Minha Casa Minha Vida, pelo projeto e pelo próprio senador, um pulha que mudou de nome parlamentar ao fim do seu mandato. No dia 26 de dezembro do ano passado, requereu
em ofício ao presidente da Casa que fosse expungido de atas, projetos,
relatórios, requerimentos e discursos o nome que usava ao tempo em que
circulava como apadrinhado
de Dilma e Renan para ocupar uma vaga de ministro do TCU, Gim Argello. Certamente para não deixar evidências que lhe criem embaraços em
investigações judiciais a que já está submetido. Ou evitar que possa ser
mencionado na operação Lava-Jato, o que, aliás, já ocorreu.
Abridor de sachês de molhos
Se depender do deputado Washington Reis (PMDB-RJ), o
sofrimento de quem tem dificuldade para abrir sachês em restaurantes vai
acabar. O peemedebista propôs um projeto de lei que prevê a obrigação de
restaurantes de fornecer um “instrumento” destinado à abertura de sachês de
ketchup, mostarda e maionese.
Sem dinheiro, sem corrupção
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) formalizou a proposta de
extinguir a produção, circulação e o uso do dinheiro em espécie. Segundo a
ementa, o objetivo da proposta é evitar a corrupção. Como alternativa, as
transações financeiras seriam realizadas pelo sistema digital.
Programa habitacional para o clero
No Senado, um projeto do senador Jorge Afonso Argello
(PTB-DF) tem como base incluir pastores e autoridades eclesiásticas, credenciados
por entidades religiosas de qualquer natureza, entre os beneficiários do
programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
Albinos isentos do IR
Também no Senado, circulou um projeto de lei propondo que
portadores de albinismo seriam isentos do imposto de renda. O autor da proposta
é o senador Eduardo Amorim (PSC-SE). A proposta inclui a doença entre outras
dezesseis cujos portadores não pagam o imposto. Entre elas, estão o mal de
Parkinson, a cegueira, a tuberculose ativa, a esclerose múltipla, a hanseníase,
a cegueira e a paralisia irreversível.
O fim da crase
A crase também foi colocada em questionamento na Câmara: o
ex-deputado João Herrmann Neto (PDT-SP), morto em 2009, criou um projeto de lei
que extingue o emprego do acento ortográfico. Para ele, a crase só servia para “constranger
as pessoas”. O ex-deputado ainda afirmou que “as ambigüidades podem ser
desfeitas com o estudo e a análise do texto, sem levar em consideração esse
sinal obsoleto que o povo já fez morrer”.
ETs merecem espaço
O deputado João Caldas (PL-AL) é o autor de uma proposta que
obrigaria aviadores e a Aeronáutica a abrirem documentos sobre objetos voadores
não identificados (OVNIs). Como argumento, Caldas afirmou nunca ter sido
abduzido, mas disse ter bastante curiosidade sobre ETs – principalmente sobre
os descritos em sua cidade natal, Ibateguara (AL).
Presunto em foco
Na ementa deste projeto de lei criado pelo deputado Hilário
Braun (PMDB-RS), morto em 2010, consta que só poderá ser denominado “presunto”
o produto obtido com o pernil dos suínos.
Cristofobia
Depois de que uma transexual apareceu “crucificada” na
Parada Gay de 2015, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) apresentou um projeto de
lei que torna crime hediondo a chamada “Cristofobia” – termo criado por ele.
Serão considerados crimes ultraje e perturbação ou impedimento de cultos
religiosos. O presidente da Câmara Eduardo Cunha colocou o projeto como
requerimento de urgência.
O instrumento para abrir sachê não pode ser qualquer um, o povo merece o melhor, por isso sugiro que seja escolhido como instrumento oficial o famoso Facão Três Listas.
ResponderExcluirDinheiro? Pra que dinheiro se ela não me dá bola? Vamos distribuir cartões corporativos para todos, ou melhor, vamos adotar a ideia do Raul Seixas: “nós não vamo pagá nada...”.
Vamos criar a Igreja TMU e nos credenciar, pegamos um prédio inteiro e transformamos em puteiro para uso específico das “autoridades eclesiásticas”.
O projeto dos albinos é interessante, mas deve ser aperfeiçoado incluindo cotas para negros e índios, para evitar a discriminação racial.
O projeto da crase não parece promissor, a maioria dos deputados não sabe que existe crase, muitos vão considerar o projeto desnecessário, pois o Levy já está se encarregando de acabar com a crase.
O projeto sobre OVNIs é de extrema importância. Eu sugiro que a aeronáutica disponibilize um foguete que levem os deputados para outro planeta para conferirem pessoalmente a existência dos ETs. A volta seria triunfal, com uma espaçonave disponibilizada pelos próprios alienígenas.
O projeto do presunto é controverso, recebe o apoio dos outros aninais, mas recebe forte oposição dos próprios suínos. Abstenho-me de apresentar sugestões nesse projeto.
O projeto da cristofobia é importante para a integração cultural entre gays e cristãos, mas é necessário incluir um artigo obrigando a parada gay e a marcha para Jesus serem realizadas simultaneamente e com a participação de ambos os grupos. Vai ser uma festa.