É preciso dar força a Michel Temer, por ser a única
alternativa de que o país dispõe
Carlos Newton
Conhecida como “Ilha da Fantasia”, Brasília faz jus à fama.
É o paraíso dos boatos, do vazamento de informações e da plantação de notícias.
Às vésperas da confirmação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, a
capital da República já vive a expectativa do dia seguinte. A crise política,
econômica e social é devastadora e o tal plebiscito para Dilma convocar
eleições não consegue ser aceito nem mesmo pelo PT. Não há opção no momento e a
alternativa que resta aos cidadãos de boa vontade é dar força ao governo Temer
e contribuir para tirar o país desse atoleiro, uma missão nada fácil.
Temer não é nenhum grande líder popular, mas deve-se
reconhecer que está indo bem nesse governo provisório, na medida do possível,
com uma base parlamentar inconsistente e que começa a sofrer boicote por parte
do PSDB e do DEM, já preocupados com a eleição presidencial de 2018.
Deve-se reconhecer também que Henrique Meirelles, embora represente
o sistema financeiro, é o nome mais indicado para conduzir a economia em meio a
esse vendaval, e justamente por isso o próprio Lula da Silva tentou repetidas
vezes lhe entregar essa tarefa, mas a
então presidente Dilma jamais aceitou.
Assim como Temer é muito
melhor do que Dilma, sem dúvida Meirelles se mostra incomparavelmente
superior a Antonio Palocci, Guido Mantega, Joaquim Levy e Nelson Barbosa, seus
antecessores.
Lembro de um bom amigo, o juiz Francisco Horta. Ele era presidente do Fluminense, criou um lema
sensacional para levantar o moral do time e deu certo – “Vencer ou vencer”. É
só o que resta aos brasileiros, nesta fase tenebrosa, para possibilitar o país
possa sair da UTI econômica e respirar sem aparelhos, digamos assim.
Por enquanto, não há alternativa. O Brasil tem de dar força
ao governo. Mas tudo tem limites. A opinião pública precisa estar atenta e
atuante para evitar exageros nas reformas da Previdência Social e das leis
trabalhistas. Afinal, os trabalhadores não são culpados pela derrocada
econômica. Muito pelo contrário, são as principais vítimas e não podem
continuar a ser penalizados.
O poder público – Executivo, Legislativo e Judiciário – é
que deveria dar o exemplo, mas as autoridades não se mostram interessadas pelo
bem comum; sempre demonstram maior preocupação com os interesses próprios.
O fato – concreto e indiscutível – é que o Brasil vive hoje
também uma crise de lideranças, sem a menor expectativa de que até 2018 surja
algum político confiável, realmente voltado para melhorar a qualidade de vida
do povo, reduzir as desigualdades e
ampliar a justiça social.
Basta dizer que o maior líder brasileiro se chama Lula da
Silva, apesar de todos os crimes cometidos e da degradação moral de sustentar
com recursos públicos a própria amante, dando a ela um emprego altamente remunerado
como chefe de Gabinete da Presidência da República, com direito a cartão
corporativo e a viagens internacionais ao lado do generoso e romântico chefe do
governo.
Mesmo com esse currículo grotesco e com as demonstrações de
enriquecimento ilícito dele e da família, Lula continua a liderar as pesquisas
de opinião para as eleições presidenciais de 2018. É por isso que se torna
absolutamente necessário que os cidadãos de boa vontade demonstrem apoio ao
impeachment de Dilma Rousseff, porque Michel Temer é a única alternativa de que
o país dispõe, na fase nebulosa que vivemos, para evitar a volta de Lula.
(argento - o motor da história não é a luta de classes, mas a Política) ... Temer?, sacrebleu! ...
ResponderExcluir