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Jesus ou Horus? |
Um artigo em um site americano dizendo que a verdadeira vida
de Jesus, que até a ciência afirmou como tendo sido uma pessoa real, pode ter
sido muito diferente e não como sugere a Bíblia, me chamou atenção. As histórias
de Horus e Mithras, por exemplo, figuras messiânicas que antecederam Jesus, têm
semelhanças significativas demais com a história de Cristo para serem ignoradas
como inspiração para a criação de um suposto mito sobre a vida deste.
Horus, o deus egípcio do céu e da realeza, nasceu de uma
virgem, foi batizado aos 30 anos, tinha 12 discípulos, também foi crucificado e
também ressuscitou, como Jesus.
Mithras era um deus de culto romano e também nasceu de uma
virgem, teve seu dia comemorado em 25 de dezembro, marcou seus seguidores na
testa, foi associado com o leão e o cordeiro, sacrificou-se e teve seu dia
sagrado aos domingos.
Achei o texto abaixo interessante e bastante pertinente.
A Religião do Egito
de 4400 a.C. e semelhanças com o Cristianismo
O Livro dos Mortos
Ressurreição e vida futura, a grande idéia central da
imortalidade, o viver no além túmulo, a natureza divina e o julgamento moral
dos mortos, tudo isso está na coleção de textos religiosos que é o Livro dos
Mortos, cujo verdadeiro nome é “Saída para a Luz do Dia” e é o 1o livro da
humanidade.
O medo do desconhecido foi a causa que impulsionou o homem,
apavorado com os trovões e raios, terremotos e vulcões, para um ser superior a
ele, que assim se manifestava sobre as coisas do seu entorno.
Com o tempo, há uma evolução e o homem começa a temer as
ações desse ser superior sobre sua vida e, depois, em suas manifestações sobre
sua morte, nesse ponto o homem supera o animal e desponta como ser humano, e
começa a enterrar os seus mortos e a lhes oferecer meios de sobreviver na vida
eterna em suas tumbas, numa prática de oferendas mortuárias que perdura até
hoje, através das ofertas de flores e outras dádivas nas sepulturas.
No Egito, desde 4400 a.C., no reinado de Mena o 1o rei
histórico do país, I Dinastia, o egípcio esperava comer, beber, e levar uma
vida regalada na região em que supunha estar o céu e ali partilharia para
sempre, em companhia dos deuses, de todos os gozos celestiais. Já na IV
dinastia, (3800 a.C.), todos os textos religiosos supõem que se imune o corpo
por inteiro, mumificado/embalsamado cujo procedimento era o seguinte:
o cérebro do cadáver era extraído pelas narinas, as
entranhas pelo anus, ou por uma incisão na barriga; por fim o coração era
retirado e substituído por um escaravelho de pedra. Seguia-se uma lavagem e
salgação onde o cadáver ficava por um mês. Era secado novamente por outro mês
ou dois. Para evitar a deformação, o corpo era recheado de argila, areia, rolos
de pano de linho, inclusive os seios, e embebidos em drogas aromáticas,
ungüentos e betume. Geralmente o amortalhamento era feito em vários ataúdes de
madeira, uns dentro dos outros e, finalmente, colocado em um sarcófago de
pedra.
O homem egípcio e sua conceituação
A religião egípcia elabora um conceito complexo, e sofisticadíssimo,
para entender/explicar a natureza do homem que, por ela, é composto de 8
partes:
“O corpo físico era o CAT. Ligado a esse CAT estava o duplo
do homem o CA, cuja existência é independente do CAT podendo ir para lugares à
sua vontade, as oferendas são para alimentar o CA que come, bebe e aprecia o
cheiro do incenso. À alma chamava-se BA que é algo sublime, nobre, poderoso. O
Ba morava no CA e tinha forma e substância e aparece como um falcão com cabeça
humana nos papiros. O coração, AB, era a sede da vida humana. A inteligência
espiritual, ou o espírito do homem era CU que era a parte brilhante e etérea do
corpo e vivia com os deuses no céu. Outra parte do homem que também ia para o
céu era o SEQUEM que era a sua força vital. Outra parte do homem era o CAIBIT,
ou sombra, sempre considerada próxima à alma, o BA. Por fim, temos o REN que é
o nome do homem e que é uma de suas partes mais importantes, pois se o nome for
eliminado poder-se-á se destruir o homem, ou seja, o homem se constituía de corpo,
duplo, alma, coração, inteligência espiritual, poder vital, sombra e nome, e
essas 8 partes podem se reduzir a 3 partes corpo, alma e espírito, deixando-se
de lado as 5 outras”. Na V dinastia (3400 a.C.) afirmava-se de modo preciso:
“A alma para o céu e o corpo para a terra”.
O julgamento da alma e a vida eterna
A religião egípcia, como todas as outras religiões antigas,
com execeção do Budismo, apresenta os deuses como seres com os vícios e
virtudes dos homens, porém muito mais sábios e com a magia que os torna muito
mais poderosos.
Graças ao Livro dos Mortos, o defunto pode vencer todos os
obstáculos e ser convertido em Espírito Santificado, após cruzar os 21 pilares,
passar pelas 15 entradas, e cruzar 7 salas até chegar frente a Osíris e aos 42
juizes que irão julgá-lo. E graças ao Livro, ele sabe o que pode salvá-lo e
conduzi-lo à morada dos deuses após transpor as Portas da Morte, onde, no Campo
de Paz, gozará os prazeres da Vida Eterna entre os deuses.
O Livro ajuda a alma a se refazer do susto da morte quando
tenta voltar ao corpo, porém os deuses encarregados de guiá-la, arrastam-na
para longe do ataúde. Sempre guiada, a alma atravessa uma região de trevas, o
Aukert, o Mundo Subterrâneo, sem ar e água, difícil e muitas vezes obstruída.
Depois ela chega ao Amenti, onde mora Osíris que, imóvel e enigmático,
contempla a alma tendo atrás de si suas irmãs, e esposas, Ísis e Néftis; a alma
é conduzida por Horo, e Anúbis verifica o fiel da balança, e pesa o coração do
defunto na balança, junto a uma pena, na presença da deusa da Justiça/Verdade,
Maât, que não toma parte no julgamento, e mais os 42 deuses (cada um representa
um nome do Egito) e, ante cada um, o falecido o interpela pelo nome e declara
não ter cometido determinado pecado é a “Confissão Negativa” do papiro de NU (O
Juízo Final e os 10 Mandamentos):
“Nada surja para opor-se a mim no julgamento, não haja
oposição a mim em presença dos príncipes soberanos, não haja separação entre
mim e ti na presença do que guarda a Balança. Não deixe os funcionários da
corte de Osíris (cujo nome é: “O Senhor da Ordem do Universo” e cujos 2 Olhos
são as 2 deusas irmãs, Ísis e Néftis) que estipulam as condições da vida do
homens, que meu nome cheire mal!. Seja o Julgamento satisfatório para mim, seja
a audiência satisfatória para mim, e tenha eu alegria de coração na pesagem das
palavras. Não se permita que o falso se profira contra mim perante o Grande
Deus, Senhor de Amenti”. É de um texto da época de Mencau-Ra (Miquerino dos
gregos) 3800 anos a.C., IV Dinastia. E Tot anota o resultado e faz o seguinte
discurso aos deuses:
“Ouvi esse julgamento, ............ verificou-se que ele é
puro, ............ e ser-lhe-ão concedidas oferendas de comida e a entrada à
presença do deus Osíris, juntamente com uma herdade perpétua no Sekht-Ianru, o
Campo de Paz (Paraíso), como as que se consideram para os seguidores de Horo”.
O papiro de NU permite observar que o código moral egípcio
era muito abrangente, pois o falecido afirma que não lançou maldições contra
deus, nem desprezou o deus da cidade, nem maldisse o Faraó, nem praticou roubo
de espécie alguma, nem matou, nem praticou adultério, nem sodomia, nem crime
contra o deus da geração, não foi imperioso ou soberbo, nem violento, nem
colérico, nem precipitado, nem hipócrita, nem subserviente, nem blasfemador,
nem astuto, nem ávaro, nem fraudulento, nem surdo a palavras piedosas, nem
praticou más ações, nem foi orgulhoso, não aterrorizou homem algum, não enganou
ninguém na praça do mercado, não poluiu a água corrente pública, não assolou a
terra cultivada da comunidade (10 Mandamentos).
Desde os tempos mais remotos, (II Dinastia), a religião
egípcia tendeu para o monoteísmo que aflorou na XVIII Dinastia, (1500 a.C.),
com Amenófis IV e sua rainha Nefertiti, a Bela, e seu deus Aton para quem
constrói uma cidade fora de Tebas, Tel El Amarna, esse culto durou apenas no
seu reinado e, depois, foi proscrito de todo Egito. Lembremos que os seguidores
de cada grande religião do mundo nunca se livraram das superstições que sabiam
ser produto de seus antepassados selvagens e que, em todas as gerações, as
herdam de seus avós e, o que é verdadeiro em relação aos povos do passado é
verdadeiro, até certo ponto, em relação aos povos de hoje. No Oriente, quanto
mais velhas forem as idéias, crenças e tradições, mais elas serão sagradas. No
Egito foi desenvolvido um códice de elevadas concepções morais e espirituais,
extremamente sérias e maduras, entre elas, a do DEUS UNO, auto gerado e auto
existente, que os egípcios adoravam (O Deus cristão).
A criação do Mundo conforme os egípcios
Houve um tempo em que não existia nem céu, nem terra, e nada
era senão a água primeva, sem limites, amortalhada, contudo em densa escuridão
(e Deus fez a Luz), nessas condições, permaneceu água primeva por tempo
considerável, muito embora contivesse dentro de si os germes de todas as coisas
que, mais tarde, vieram a existir neste mundo, e o próprio mundo. Por fim, NU,
o espirito da água primeva, o pai dos deuses, sentiu o desejo da atividade
criadora e, tendo pronunciado a palavra, o mundo existiu imediatamente na forma
já traçada na mente do espírito e antes de se pronunciar a palavra, (o Verbo
Divino) que resultou na criação do mundo. O ato da criação, seguinte à palavra,
foi a formação de um germe, ou ovo, do qual saltou Ra, o deus sol, dentro de
cuja forma brilhante estava incluído o poder absoluto do espirito divino, o
criador do mundo, Ra o deus sol, adorado desde os tempos pré históricos sendo,
em 3800 a.C., considerado o rei de todos os deuses, na IV Dinastia suas
oferendas são apresentadas por Osíris que, mais tarde, suplanta Rá.
Papiro de Hunefer (1370 a.C.): homenagem a ti que é Rá
quando te levantas e Temu quando te pões, .................... És o senhor do
céu, és o senhor da terra; o criador dos que habitam nas alturas e dos que
moram nas profundezas. És o Deus Uno que nasceu no principio dos tempos,
criaste a Terra, modelaste o Homem, fizeste o grande aqüífero do céu, formaste
Hapi, (o Nilo), criaste o grande mar e dás vida a quantos existem dentro dele.
Juntaste as montanhas umas às outras, produziste o gênero humano e os animais
do campo, fizeste os céus e a terra, ............Salve, oh tu, que pariste a si
mesmo. Salve Único Ser poderoso de miríades de formas e aspectos, rei do mundo.
Homenagem a ti Amon-Rá que descansas sobre Maât, ............És desconhecido e
nenhuma língua será capaz de descrever seu aspecto; só mesmo tu, ....... És
Uno, ......... Os homens te exaltam e juram por ti, pois é senhor deles.
.......Milhões de anos passaram pelo mundo, .......... seu nome “Viajor”.
Papiro de Nesi Amsu (300 a.C.): Rá o deus solar, evolveu do
abismo aqüífero primevo por obra do deus Quépera, que produziu esse resultado
pelo simples pronunciar do próprio nome e que seu nome é Osíris, a matéria
primeva da matéria primeva, sendo Osíris como resultado disso, idêntico a
Quépera no que respeita suas evoluções.
Osíris, deus da ressurreição e da vida eterna nos Campos de
Paz
Os egípcios, de todos os períodos dinásticos, acreditavam em
Osíris que, sendo de origem divina, padeceu a morte e a mutilação sob as
potências do mal, após grande combate com essas potências e voltou a
levantar-se tornando-se, dali para adiante, rei do mundo inferior e juiz dos
mortos e acreditavam que, por ele ter vencido a morte, os virtuosos também
poderiam vencê-la. Osíris é a união do Sol e da Lua e foi morto e esquartejado
em 14 pedaços por seu irmão Set, filho de Seb e Nut e marido de Néftis, que
espalhou seus membros por todo o Egito, isto é, todo o Universo pois, ao
separar a dupla original, o Sol e a Lua, Set dá origem aos planetas, às
estrelas fixas, a todos os seres da Natureza, tudo isso nascido dos membros de
Osíris, que foram arrancados e disseminados por todo o Universo, o Egito.
Entretanto Osíris, ligado à morte, é o mundo atado, petrificado, privado da
liberdade e submetido às leis da Natureza e aos ritmos implacáveis do Destino.
Sua irmã, e esposa, Ísis, o trouxe de volta à vida depois de muito trabalho e
esforço utilizando as fórmulas mágicas que lhe dera Tot, e teve um filho dele,
Horo, que cresceu e combateu Set venceu-o e assim vingou o pai. Osíris passou a
ser igual, ou maior, que Rá. Ele representa para os homens a idéia de um ser
que era, ao mesmo tempo, deus e homem, e tipificou para os egípcios, de todas
as épocas, a entidade capaz, em razão de seus padecimentos e de sua morte como
homem, de compreender-lhes as próprias enfermidades e a morte. Originalmente,
encaravam Osíris como um homem que vivera na terra como eles, comera e bebera,
sofrera morte cruel e, com a ajuda de Ísis e Horo (seu filho), triunfara da
morte e alcançara a vida eterna ao subir aos céus (Jesus Cristo). Por mais que
se recue no tempo das crenças religiosas egípcias sempre há a crença na
ressurreição e a morte física pouco importava, pois o morto atingia o Além que
é a representação da terra ideal no céu e, porisso, era importante a
conservação do corpo, pois o morto renascia no além. O centro do culto de
Osíris, durante as 1as dinastias, foi Abidos capital do Antigo Egito e que
recebe as tumbas dos 1os Faraós e lá onde estaria enterrada a cabeça do deus
quando fora esquartejado pelas potências do mal e aonde, a partir o Reino
Médio, se fazem peregrinações anuais com milhares de peregrinos, inclusive com
a participação do próprio Faraó, para celebrar a ressurreição de Osíris. Os
vários episódios da vida do morto se constituíram em representações no templo
de Abidos (Via Sacra). Há outros templos, Ahmose, Senusret III, Seti I, Ramses
II, cujas construções se sucedem desde as 1as Dinastias, continuam pelo Reino
Médio (1975-1640 a.C.) atravessam o Reino Novo (1539-1075 a.C.) até o Último
Período (715-332 a.C.). Com o tempo, Osíris passa de exemplo de ressurreição
para a causa da ressurreição dos mortos e Osíris se torna um deus nacional
igual e, em alguns casos, maior que Rá. Nas XVIII e XIX dinastias (1600 a.C.),
ele parece ter disputado a soberania das 3 companhias de deuses, o que quer
dizer, a trindade das trindades das trindades. Durante 5.000 anos no Egito,
mumificaram-se os homens à imitação da forma mumificada de Osíris e eles foram
para os seus túmulos crentes que seus corpos venceriam o poder da morte, o
túmulo e a decomposição, porque Osíris os vencera.
A principal razão da persistência do culto de Osíris no
Egito foi, provavelmente, ele prometer a ressurreição e a vida eterna aos
fiéis. Mesmo depois de haver abraçado o cristianismo, os egípcios, continuaram
a mumificar os seus mortos e a misturar os atributos de Osíris aos de Cristo e
as estátuas de Ísis, amamentando seu filho Horo, são o protótipo da Virgem
Maria e seu Filho.
Outros Deuses do Egito
Além dos deuses da família e da aldeia havia os deuses
nacionais, deuses dos rios das montanhas, da terra, do céu formando um número
formidável de seres divinos. Os egípcios tentaram estabelecer um sistema de
deuses incluindo-os em tríades , ou grupos de 9 deuses e, nos últimos anos, se
aprendeu que houve diversas escolas teológicas no Egito; Heliópolis, Mênfis,
Abido, Tebas e, de todas essas, a que mais perdurou foi a de Heliópolis (V e VI
dinastias) com sua grande companhia dos deuses, tendo Temu como deus maior mas que
se funde em um único deus com Rá e Nu. Havia uma grande quantidade de deuses,
mas apenas os que lidavam com o destino do homem, obtinham o culto e a
reverencia do povo e, pode-se dizer que, eram os deuses que se constituíam na
grande companhia de Heliópolis, ou seja, nos deuses pertencentes ao ciclo de
Osíris.
São esses os 9 deuses, da grande companhia de Heliópolis.
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Seb é a terra, era filho de Xu e é o pai dos
deuses: Osíris, Ísis, Set e Néftis, passou, mais tarde, a ser o deus dos
mortos.
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Nut é o céu, é esposa de Seb e mãe de: Osíris,
Ísis, Set e Néftis é considerada mãe dos deuses e de todas as coisas vivas.
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Seb e Nut existiam no aqüífero primevo ao lado
de Xu e Tefnut.
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Osíris, filho de Seb, e de Nut, marido de Ísis,
e pai de Horo, é o Deus da Ressurreição e sua história já foi retro citada.
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Ísis esposa e irmã de Osíris e mãe de Horo, é a
deusa da natureza, a divina mãe, nessa qualidade tem milhares de estátuas onde
está sentada amamentando o filho Horo, (Virgem Maria e Jesus Cristo) suas
peregrinações em busca do corpo de Osíris, a tristeza ao dar a luz e educar o
filho, Horo, no pântano de papiro do Delta do Nilo, a perseguição que sofreu
dos inimigos do marido são citados em textos de todas as dinastias.
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Set, filho de Seb e Nut, é marido de Néftis sua
irmã, e é irmão de Osíris e Ísis, representa a noite, e estava sempre em guerra
com Horo, o dia e é a personificação de todo o mal.
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Néftis, mulher, e irmã, de Set, irmã de Osíris e
Ísis, e é mãe de Anúbis filho dela e de Osíris; ela ajudava os mortos a superar
os poderes da morte e do túmulo.
A seguir, os principais deuses das outras companhias:
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Nu, pai dos deuses, e progenitor da grande
companhia dos deuses, era a massa aqüífera primeva.
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Ptá, é uma forma de Rá e é tipificado como o
abridor do dia.
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Ptá-Sequer, é o deus duplo da encarnação do Boi
Ápis de Mênfis com Ptá.
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Ptá-Sequer-Ausar, três deuses em um,
simbolizava: a vida, a morte e a ressurreição.
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Cnemu, foi quem modelou o homem numa roda de
oleiro, ajudava Ptá a cumprir as ordens de Tot (o homem moldado no barro por
Deus).
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Quépera, é o tipo da matéria que contem em si o
germe da vida em vias de aflorar numa nova existência, significava o corpo
morto que estava preste a fazer surgir o corpo espiritual.
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Amon, era um deus local de Tebas com seu
santuário fundado na XII dinastia (2500 a.C.), significa oculto, e passou a ser
um deus de primeiríssima importância nas XVIII, XIX e XX dinastias e, a partir
de 1700 a.C. foi declarado representante do poder oculto e misterioso que criou
e sustenta o universo e o fundiram com os deuses mais antigos e ele usurpou os
poderes de Nu, Cnemu, Ptá e vira um deus sagrado senhor de todos os deuses,
Amon Rá, como está no papiro da princesa Nesi-Quensu de 1000 a.C.. A partir de
800 a.C. declina o poder de Amon.
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Maât, grande deusa, tipifica a Verdade/Justiça.
Presente no julgamento dos mortos, dela dependia a salvação.
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Horo, simbolizado pelo falcão, que parece ser a
1a coisa viva que os egípcios adoraram, era o deus sol como Rá que em épocas
mais recentes foi confundido com Horo filho de Osíris e Ísis. Ele estava
associado aos deuses que sustentam o céu nos 4 pontos cardeais, os 4 espíritos
de Horo, que são: Hapi, Tuamutef, Amset e Quebsenuf. É, também, tipificado como
o dia sempre em luta contra Set.
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Anúbis, filho de Osíris com Néftis que presidia
a morada dos mortos, era o condutor dos mortos e protetor dos cemitérios.
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Tot, deus da Palavra criadora e mágica,
divindade lunar, encarnação da sabedoria, toda a cultura humana era obra de
suas inspirações.
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Ápis, touro que recebia culto, pois acreditavam
que a alma de Osíris tivesse habitado o seu corpo, tinha uma mancha branca, em
forma de crescente, na testa.
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Rá, o deus Sol, é, provavelmente, o mais antigo
dos deuses adorados no Egito, ele velejava pelo céu em 2 barcos o Atet, desde o
nascer do sol até o meio dia, e o Sectet, do meio dia até o por do sol. Visto
ser Rá o pai dos deuses nada mais natural que cada deus representasse uma fase
dele e que ele representasse cada um dos milhares de deuses egípcios, numa
explícita alegoria do fundamento moneteista da religião egípcia.
A trindade Egípcia:
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Temu ou Atmu, isto é, o que fecha o dia, seu
culto vem da V Dinastia e é o fazedor dos deuses, criador de homens.
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Xu, é o primogênito de Temu e tipifica a luz.
Ele colocava um pilar em cada ponto cardeal para sustentar o céu, os suportes
de Xu são os esteios do céu.
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Tefnut, era irmã gêmea de Xu e tipificava a
umidade, seu irmão Xu é o olho direito, e ela é o olho esquerdo de Temu.
Os deuses Temu, Xu e Tefnut formavam uma trindade e Temu na
história da criação diz:
“Assim, sendo um deus, tornei-me 3” (a Santíssima Trindade
católica).
O Barco do Sol representa a lua, seu quarto crescente, tendo
o disco do Sol sobre ele e, essas 2 luminárias, formam essa imagem que é o
núcleo central da religião egípcia, a Lua é fria e úmida, sempre em eterna
mutação, governa a afeição, os amores, é feminina. O Sol é quente e seco e
governa a razão de modo impessoal e objetivo, é masculino. Essas duas forças
são equipotentes, com naturezas opostas, é o Yin e Yang da religião chinesa, o
Enxofre e o Mercúrio da Alquimia, o Positivo e o Negativo da Eletricidade, a
eterna oposição do bem e do mal,do amor e do ódio, do dia e da noite, a sublime
dualidade de todas as coisas, desde sua Criação do aqüífero primevo, na gênese
do mundo contada pelos egípcios, há 6.000 anos atrás, através dessa religião e
sistema moral complexo e maduro, que nada fica a dever às concepções
desenvolvidas pela Grécia que dizia que: a matéria era uma carga muito pesada
para o espírito, nascido no Céu e, consequentemente, a vida consistia em viver
morrendo, enquanto a morte era, para a alma, a porta da Liberdade.
Anibal de Almeida Fernandes, Junho, 2006.
Bibliografia:
O Livro dos Mortos, Hemus, Editora LTDA SP.
A Religião Egípcia, E. A Wallis Budge, Cultrix, SP.
Egypt's
First Pharaohs, National Geographic, April 2005, pgs 106 a 121.