Folha
O governo Michel Temer quer aumentar o tempo de cumprimento
de pena em regime fechado de condenados por corrupção ativa e passiva e por
crimes praticados com violência ou que representem grave ameaça.
O Ministério da Justiça prepara proposta que altera a Lei de
Execução Penais para endurecer a progressão da pena. Hoje, para haver a mudança
de regime prisional, é necessário que o preso cumpra pelo menos 1/6 do tempo de
condenação. A ideia é elevar esse período mínimo para a metade da pena.
Com a mudança, por exemplo, o tempo exigido para a
progressão de pena para uma condenação de 5 anos e 4 meses por roubo
qualificado com uso de arma de fogo passaria de 11 meses para 2 anos e 7 meses.
No caso de corrupção ativa, a progressão de regime para uma pena de 4 anos e 1
mês aconteceria a partir de 2 anos, e não mais de 8 meses como é atualmente.
O governo pretende discutir a iniciativa ainda neste mês com
os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), e enviá-la ao Congresso até o final de novembro. A alteração tem como
objetivo acabar com o que o governo chama de "distorções no cumprimento do
regime fechado".
A crítica é que as atuais regras de progressão da pena fazem
com que condenados por crimes considerados menos graves, como estelionato e
furto simples, permaneçam na prisão por período semelhante ao de condenados por
infrações mais severas.
Com a mudança, a expectativa do Ministério da Justiça é
também manter por mais tempo em regime fechado integrantes do crime organizado
envolvidos em roubos de armamento pesado, como fuzis e explosivos. Esses são
exemplos de grave ameaça.
O governo federal também discute tornar mais acessível a
possibilidade de que condenados por crimes praticados sem violência ou grave
ameaça cumpram inicialmente a pena de prestação de serviços à comunidade.
O endurecimento no regime de progressão da pena era
defendido pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, quando ele era
secretário da Segurança Pública de São Paulo. Em maio, já durante o governo
interino de Michel Temer, ele pregou a medida e uma mudança na legislação atual
que permita às unidades da Federação definirem o cumprimento da pena.
Já há também no Congresso medidas que pretendem endurecer a
progressão da pena de condenados por crime de corrupção. Em 2013, o Senado
aprovou projeto de lei que transforma o crime em hediondo e eleva para 2/5 o
período da pena que precisa ser cumprido antes de o regime ser alterado –em
casos de réu reincidente, o tempo atinge 3/5 do total. O texto ainda tramita na
Câmara.
O Ministério Público Federal também defende o endurecimento
da pena para o crime de corrupção ao tornar hedionda a prática envolvendo altos
valores. A proposta integra o pacote das "10 medidas contra a
corrupção" discutida em comissão na Câmara.
O governo federal também discute com o Ministério Público e
com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a realização até o final do ano de
mutirões de audiência de custódia para agilizar a regularização de presos
provisórios –de acordo com dados do Ministério da Justiça, metade deles está
enquadrada em crimes de menor gravidade.
(argento - os "deuses do olimpo" precisam mais do "voto cidadão" do que sonha vossa vã filosofia) - se partiu do Temer, parabéns prêle!
ResponderExcluirE as cadeias? Construção de mais, nem pensar, né? Falta de din din...
ResponderExcluir(argento - nosso Voto,,,) ... se não a lei não deixa brecha, a falta de cadeias pode ser explorada - para os "deuses do olimpo" nada é impossível ...
ExcluirO governo Temer está trabalhando em regime de urgência porque ´só tem praticamente mais 2 anos para que seus projetos principais possam virar realidade, o que achamos quase missão impossível.Nesse ritmo,poderá indicar um candidato ficha limpa para as próximas eleições, mas nunca se sabe o que pode acontecer em cabeça de juiz, bunda de criança e opinião de político. Oremos !!!
ResponderExcluir