“Caso as coisas terminem aqui, não integrarei a enorme fila
dos idiotas que saem da VEJA para atacar a VEJA. Não conheço nada mais mixuruca, ressentido e escravo do que
sair por aí falando mal de ex-patrões.”
Reinaldo Azevedo, a bordo do seu ego monumental, fazendo
muito pior que falar mal de ex-patrão ao ofender seus ex-colegas Lauro Jardim,
Rodrigo Constantino, Joice Hasselmann, entre outros que, afinal das contas,
estavam no mesmo barco - na revista e na política.
Joice Hasselmann
Pessoal, eu avisei, mesmo que sutilmente, mas as coisas
agora estão mais escancaradas. A VEJA não é mais a mesma há muito tempo. Meu
pescoço foi só o começo. André Petry, que assume o comando, é gentil, de
sorriso fácil, querido, do tipo que leva marmita para o trabalho, que
cantarolava comigo algumas vezes, um grande homem, mas com influência política
mais à esquerda. É um direito, claro, mas é assim. Quantas vezes Petry brincou
comigo dizendo que não gravaria um programa porque pensava muito diferente de
mim. Brincávamos com isso, mas ele sempre pensou diferente, tanto que nunca se
envolveu nas questões políticas. É um homem genial, texto ótimo, mas com
convicções políticas muito diferentes das defendidas até um passado recente
pela VEJA. Se essas convicções nortearem a linha da revista, pode ser um
desserviço ao país. Muda algo? Talvez. Claro que as nada é tão escancarado,
ainda que tenhamos visto que os ventos da mudança sopram com força por lá. O
que foram as últimas capas? Ainda virão programas babacas em que todos dizem
que nada muda, capas agressivas, mas pode ser que sejam exceções. Pode ser que
uma linha mais compreensiva venha à tona. Veremos. Na semana passada VEJA já
teve que se explicar. Não está colando mais. Alguns colunistas continuarão
tendo espaço para "equilibrar" o jogo e não perder mais público. Mas
o fato é que Eurípedes Alcântara foi degolado aos poucos. Perdeu força de
mando. Eu vi isso. Ele me disse algumas vezes: "sou um sobrevivente",
mas não foi o suficiente. Eurípedes manteve o legado do Guzzo que fez a VEJA o
que ela foi e já não é mais há algum tempo.
Quando armaram o golpe contra mim (palavras do Eurípedes)
ele disse que sequer foi comunicado. Liguei. Ao telefone ficou chocado. Disse
que "foi uma armação orquestrada pela turma do mal da VEJA que nunca
aceitou o sucesso do projeto" que criei. Bem, foi ele quem me contratou.
Era o chefe geral. Nada deveria acontecer sem a anuência dele. Aconteceu. Ainda
contarei todos os detalhes num livro que será de arrepiar, acreditem! Contarei
inclusive detalhes do jantar com a cúpula de VEJA pós rompimento do meu
contrato que aconteceu no restaurante mais sofisticado de São Paulo...e vejam
só, cheguei bem na hora do brinde!
Eu saí numa semana, logo depois veio a Friboi na publicidade
e uma penca de estatais. Coincidência? Pode ser.
Pois bem, eu continuarei aqui, fazendo jornalismo
independente. Minha audiência me acompanha. Mas, talvez a da VEJA despenque,
como despencaram as assinaturas e como dispararam os cancelamentos, só
momentaneamente. Depois pode aumentar. Quem sabe o público do Brasil 247, do
Instituto Lula e de pelegos pagos para falar bem da corja petista irão
acompanhar de perto as publicações. Talvez. Mas sejamos esperançosos. Quem sabe
nada mudará. Quem sabe tudo sejam só ilações. Quem sabe. Veremos. No momento
tudo é muito nebuloso. Lamento muito. Já tive orgulho de lá. Eu ainda estou
aqui, olhando tudo com atenção, e permanecerei! Espinha ereta não tem preço, tem
apenas VALOR!!!!
(argento) ... dos cadernos ginasianos do Colégio Republicano: "Quand l’argent parle, la verité se tait" ...
ResponderExcluirC'est ça...
ExcluirA postagem é extensa, então vou pontuar o comentário. Primeiro o Reinaldo Azevedo, que o Ricardo já mostrou o ridículo da declaração, mas merece um aprofundamento. Concordo com o Reinaldo no seguinte: “Não conheço nada mais mixuruca, ressentido e escravo do que sair por aí falando mal de ex-patrões.”, vi isso acontece muitas vezes e sempre ou quase sempre da parte daqueles que mais se beneficiaram com os patrões. Mas existe uma grande diferença entre falar mal dos patrões e falar a verdade sobre determinadas atitudes.
ResponderExcluirA maneira como a Joice foi sendo “fritada” até a demissão, nunca precisou que a Joice comentasse para que o público percebesse o que aconteceu, comentar o que aconteceu é o mínimo que ela poderia fazer como resposta de respeito ao público que acompanhou seu trabalho na Veja. No caso do Rodrigo Constantino, nem tenho palavras, apagaram o acervo. Gostaria que o Reinaldo comentasse sobre essa atitude do patrão.
No comentário da Joice, cito o seguinte: “Se essas convicções nortearem a linha da revista, pode ser um desserviço ao país”. Essa frase mostra de forma inequívoca a mediocridade do jornalismo e dos jornalistas do Brasil. O problema não é se a convicção que norteia a revista é do Petry ou da Joice, é a revista ser norteada por convicções. Não importa se a convicção que norteia a revista será pior ou menos pior, nortear um meio de comunicação por uma convicção é sempre um desserviço.
(argento) ... donde se conclui-se que: nossa "prensa" presta "(des)serviço" ...
ExcluirÉ isso, Milton.
Excluir(argento)... por falar em merda e do gosto popular pela mesma, enquanto Ana Paula Renault faz merda no BBB16, seu pai Gerardo Renault, preside, desde março de 2015, a presidência do Instituto de Previdência do Legislativo do Estado de Minas Gerais ...
ResponderExcluir(argento) ... codinome "Seu Geraldo, para os que "acompanham" o BBB pelo site do "Plin-Plin" ...
ExcluirÉ 16a edição do BBB ou 15a reprise da 1a?
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