Ainda com 23 anos ao se candidatar a deputado federal, Marco declarou à Justiça Federal ter R$ 360 mil em bens |
Marco era secretário de Esportes no governo Pezão e
foi exonerado para recuperar o foro privilegiado no Supremo.
Italo Nogueira - Folha
O empresário Francisco de Assis Neto, preso na sexta-feira
(3), vinculou o dinheiro vivo entregue no escritório de sua empresa à campanha
do deputado Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), filho do ex-governador Sérgio
Cabral (PMDB), preso desde novembro. O repasse de dinheiro em espécie à sala da
Corcovado Comunicação foi relatado pelos doleiros Renato e Marcelo Chebar em
delação premiada ao Ministério Público Federal sobre o esquema de propina do
ex-governador. De acordo com planilha entregue pelos dois, a empresa de Kiko,
como o empresário é chamado, foi o destino de R$ 7,7 milhões em dinheiro em
2014.
Kiko afirmou, contudo, que não recebeu a quantia. Ele disse
que o endereço fornecido pelos delatores foi uma sala de sua empresa cedida de
graça para a campanha de Marco Antônio. No local, trabalhava uma publicitária
funcionária da Corcovado identificada apenas como Danielle, mesmo nome que
consta na tabela dos doleiros (“Dani”).
O empresário, subsecretário de Eventos na gestão Cabral
entre 2007 e 2013, disse que não presenciou a entrega de dinheiro, mas afirma
que “Dani” “lhe relatou que recebia valores para honrar os compromissos de
campanha” do então candidato. Ele disse não saber o total repassado desta
forma.
Os R$ 7,7 milhões descritos pelos delatores supera inclusive
o valor declarado por Marco Antônio Cabral ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
como gasto total de sua campanha (R$ 6,8 milhões). A Corcovado Comunicação
também não aparece como fornecedora da candidatura. Procurado, a assessoria do
deputado não se manifestou até a publicação desta nota.
Kiko, que também trabalhou na campanha do filho do
ex-governador, disse que era o responsável por levantar os gastos de campanha.
Ele afirmou à Polícia Federal que Cabral lhe orientou a repassar os pedidos de
dinheiro para Carlos Emanuel Miranda, apontado como operador financeiro do
peemedebista. Os doleiros afirmam também que ele era o principal responsável
por indicar o destino do dinheiro à disposição do ex-governador e gerenciado
pelos irmãos.
O empresário declarou também que, em alguns momentos, Luiz
Carlos Bezerra, outro assessor apontado como operador de Cabral, era enviado
para discutir as necessidades financeiras da campanha.
Kiko afirmou que chegou a receber “algo em torno de R$ 300
mil a R$ 400 mil” em dinheiro na pré-campanha, em março, quando organizava o
galpão que seria usado como comitê da candidatura de Marco Antônio.
Assis Neto se entregou à PF na última sexta após mais de uma
semana foragido. Ele estava nos Estados Unidos em férias com a família quando a
Operação Eficiência, que prendeu o empresário Eike Batista, foi deflagrada.
(agento - povo que aceita votar compulsoriamente não é vítima. É Cúmplice!) ... lobão!, se vai pro xilindró ou não, talvez não seja tão importante quanto a última decisão do TSE ao cassar a chapa Pezão/Dorneles, aqui no RioMaravilha ...
ResponderExcluir(argento - burro que aceita Canga merece a chibata) ... onde se leu TSE, leia-se TRE
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