Pois é, Magu e Marc... Eu e meus escrúpulos e intempestividades.
Trabalhava na Delfin quando houve a intervenção e tinha excelentes cargo e salários. Administrava a construção de 15 mil unidades residenciais no Rio e estava prestes a ser transferido/promovido para Cotia, onde havia um projeto de 30 mil unidades quando o governo tomou conta. A primeira coisa que o calhorda do interventor Sérgio Alexandre Parente - cabo do DOI-CODI, segundo Ronald Levinsohn - fez foi me minar de todas as maneiras possíveis, inclusive atrasando os pagamentos semanais dos mais de 500 peões da obra que toda sexta-feira me proporcionavam a desagradável tarefa de ter que argumentar com eles - que se reuniam na porta do meu escritório na obra para cobrar, com razão - que a culpa não era minha. A coisa saiu de controle e toda sexta eu tinha que chamar a PM para a minha segurança.
Eu ligava para o seu escritório no prédio da Delfin no Humaitá e ele não me atendia. Fui lá duas vezes e ele mandou dizer que estava ocupado. Na terceira, resolvi fazer plantão na sala de espera e avisei à secretária que assim que a porta da sala do canalha se abrisse eu iria entrar. Assim o fiz e, antes que ele pudesse falar, fui logo dizendo quem eu era e descascando os podres.
Parente, que impávido me escutava (ou não), esperou minha pergunta final sobre como a situação seria resolvida para dizer:
- As coisas são assim e assim vão ficar. Se o senhor não estiver satisfeito, peça demissão.
Por lei ele não podia me demitir.
Idiota o suficiente para não mandar às favas os escrúpulos, respondi:
- Tá pedida!
Com isso, perdi a oportunidade de virar um funcionário da Caixa Econômica (todos os funcionários da Delfin foram transferidos para lá) e hoje gozar de uma bela aposentadoria.
- Tá pedida!
Com isso, perdi a oportunidade de virar um funcionário da Caixa Econômica (todos os funcionários da Delfin foram transferidos para lá) e hoje gozar de uma bela aposentadoria.
Detalhe: depois fiquei sabendo por engenheiros da obra que Parente botou um sobrinho em meu lugar no dia seguinte, ganhando o dobro do que eu ganhava e fazendo porra nenhuma, já que as obras foram totalmente paralisadas um mês depois.
É mole?
Poizé, brother
ResponderExcluirSe você o diz,no título, não serei mal educado em dissentir.
Mas que não é mole, né não. É duro, viu!