Condenado a oito anos de cana, o “herói do povo brasileiro” não cumpre nem um!

Não é muita coincidência o ministro conceder ao ladrão petralha uma progressão de pena inexequível, porque em Brasília não há albergues para condenados?

Onze meses e 20 dias após ser preso, o corrupto Zé Dirceu deixou na manhã de ontem, pela última vez, o Centro de Progressão Penitenciária de Brasília, onde cumpria pena em regime semiaberto. O sem vergonha foi para o “trabalho” e depois compareceu à Vara de Execuções Penais para ser informado dos termos da prisão domiciliar que passa a cumprir a partir de hoje.

Ele chegou à Vara de Execuções Penais em um carro preto e aguardou por cerca de dez minutos em uma entrada lateral. Depois, o carro deu a volta no prédio e o deixou em frente à porta principal. Sob carinhosa manifestação de seus fãs, que gritavam “ladrão, ladrão”, Dirceu desceu acompanhado do advogado José Luis de Oliveira Lima e passou entre jornalistas, saudando-os com a frase dita aos berros: “Vocês não têm vergonha na cara?”

Vocês quem, cara-pálida?

Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa no processo do mensalão, Dirceu foi preso em 15 de novembro do ano passado. Ficou no presídio da Papuda até julho, quando foi transferido para o CPP e começou a “trabalhar” no escritório de advocacia do amigo José Gerardo Grossi com salário de R$ 2,1 mil mensais. Com o trabalho dentro e fora do presídio conseguiu remissão de 142 dias de pena. O ministro Luís Roberto Barroso concedeu então a progressão para o regime aberto. Como em Brasília não há casa do albergado para os condenados neste regime, o ex-ministro poderá ficar em casa, onde terá que ficar, das 21h às 5h nos dias úteis e todo o tempo nos finais de semana e feriados. Não poderá portar armas, fazer uso de bebidas alcoólicas, frequentar bares nem deixar o Distrito Federal sem autorização judicial. Ele terá de comparecer à Vara de Execuções a cada dois meses e não poderá ter contato com outros condenados.

Aliás, não é muita coincidência o ministro conceder ao ladrão petralha uma progressão de pena inexequível, porque em Brasília não há albergues para condenados?