quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A “coragem” de Che, Fidel e Raúl

Lendo a biografia de Che Guevara, na parte que ele foi a Moscou e tanto espezinhou o juízo de Nikita Khrushchov - para que a URSS instalasse uma base de mísseis nucleares apontando para os Estados Unidos em Cuba - que conseguiu ser um dos protagonistas do momento que o mundo esteve mais próximo de uma Terceira Guerra Mundial, os fatos que se seguiram mostram bem a “coragem” dos três “grandes líderes” cubanos: Fidel, Raúl e o próprio.

Depois que Kennedy ordenou o bloqueio naval à ilha, exigindo a retirada imediata dos armamentos, a situação ficou realmente preta e, não fossem as ações diplomáticas entre as EUA e URSS a coisa ia feder. Já que nem Washington nem Moscou achavam uma boa ideia começar, os soviéticos, à revelia de Havana, acabaram retirando a tralha atômica.

Fidel à época ficou tão puto que chamou publicamente Khrushchov de “filho da puta, cagão e bunda-mole”.

Che, logo depois de debelada a crise, declarou ao London Daily Worker que os cubanos estariam prontos para o sacrifício de suas vidas no caso de um contra-ataque americano. Disse ele que “Cuba é o exemplo tremendo de um povo disposto ao autossacrifício nuclear, para que suas cinzas sirvam de alicerce para uma nova sociedade”.

Muito bonito, não é? Só que ele, Fidel, Raul e mais três líderes cubanos, no auge da crise, na iminência de ataques, apelaram ao embaixador soviético, Alexander Alexeyev, para que arrumasse lugar para mais seis no abrigo antiaéreo da sua embaixada. Danasse-se o povo heroico, salvando-se o paranoico.

Guardadas as devidas proporções, o governo petralha não é igualzinho?

2 comentários:

  1. Se existe uma biografia que jamais será conhecida adequadamente é a do Che Guevara. Simplesmente não existem fontes confiáveis, um lado tenta mostrar um herói, o outro tenta mostrar um sanguinário. A melhor definição para Che Guevara, que eu consegui fazer filtrando as informações, baseando-me apenas naquelas que aparentam não ser tendenciosas, foi a seguinte: Che Guevara foi um grande PATETA.

    Che foi carismático como guerrilheiro, mas foi um guerrilheiro medíocre, não entendia nada de guerrilha, apenas tinha carisma para manter o ânimo dos guerrilheiros. Fidel não foi nada como guerrilheiro, era apenas a opção política para a tomada do poder, mas não tinha liderança nem participação na guerrilha propriamente dita, o verdadeiro líder guerrilheiro, cujo nome eu não lembro e não tenho anotado, foi condenado à 20 anos de prisão pelo "herói" Fidel Castro.

    Che foi contra a execução dos prisioneiros, mas como não conseguiu impedir, resolveu que ele própria executaria para os guerrilheiros camponeses não sujassem suas mãos com sangue, foi uma espécie de Pilatos ao contrário. Che foi contra a aproximação de Cuba com a URSS e mantinha contatos com um ministro americano, tentando aproximar Cuba dos EUA, mas ao mesmo tempo fazia tudo o que Fidel mandava, discordava de Fidel ao mesmo tempo que apoiava publicamente.

    Fidel sabia que Che não concordava com o que estava sendo feito, não sabia por quanto tempo poderia controlar o Che, então enviou o Che para Angola, onde ele deveria morrer como "herói". A estratégia não funcionou em Angola, Che não recebeu nada daquilo que tinha pedido para lutar na "revolução", quase morreu na primeira ação e percebeu que estava sendo traído. Voltou para Cuba, como um bom PATETA e foi enviado para a Bolívia, para ser entregue para o inimigo e morrer como "herói".

    Che Guevara lutou a favor daquilo que era contra, tem algo mais pateta que isso? Idiota útil é aquele que pensa estar lutando por uma coisa, mas está lutando por outra e não percebe, o Che percebia que estava lutando por algo que ele discordava, mesmo assim continuou lutando, percebeu que tinha sido traído por Fidel, mesmo assim continuou apoiando-o. Che Guevara foi um pateta bem intencionado, tivesse sido apenas um pateta não teria cometido as atrocidades que cometeu, o problema maior foi sua "boa intenção".

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